Baterias de carros elétricos podem estufar como as de celulares?

É normal que as baterias apresentem alterações de tamanho, mas os carros são menos sujeitos a estufamento dos componentes 

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Acondicionadas nas baterias, as células têm o funcionamento controlado (Divulgação/Quatro Rodas) 


Sim. Mas em razão da construção e complexidade, a probabilidade de isso acontecer é muito menor nas baterias dos carros.


O site Quatro Rodas conversou com o engenheiro Raul Beck, da SAE Brasil, e ele explicou que, durante os ciclos de descarga e recarga, é normal as células das baterias apresentarem uma pequena variação de volume, que pode aumentar no caso de sobrecarga na célula, devido à liberação de gases internamente. 


Por conta disso, as células utilizadas nos diferentes tipos de aplicação são acondicionadas levando em consideração essa alteração dimensional, utilizando dispositivos de contenção para impedir que elas aumentem além do previsto. E celulares, carros e outros aparelhos possuem ainda um sistema eletrônico de proteção (BMS – Battery Management System), que é responsável por garantir a operação da célula dentro das condições seguras de tensão, corrente, temperatura etc. 

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As baterias de íon-lítio são mais caras e pesadas do que as de lítio-metal (Reprodução/Divulgação) 


“No caso dos veículos elétricos, as baterias são constituídas por dezenas, às vezes centenas ou milhares de células de lítio-íon interligadas em série e paralelo para se atingir a tensão e corrente nominal desejadas”, diz Raul, que acrescenta que “as baterias dos veículos elétricos nunca vão apresentar fenômenos visuais de estufamento, exceto nos casos muito críticos e improváveis de falha nos circuitos do BMS da bateria”. 


Nos carros, o BMS é responsável por executar algoritmos de software que vão indicar o estado de carga (SoC), estado de saúde (SoH) e balanceamento de carga de todas as células da bateria, para maximizar o desempenho dela. 


*Quatro Rodas

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