Prévia da inflação desacelera e fica em 0,58% em janeiro

Segundo número divulgado pelo IBGE, o IPCA-15 ficou abaixo dos registrados em dezembro e janeiro de 2021

Foto: Vinícius Schmidt/Metrópoles


O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), considerado uma prévia da inflação oficial do país, ficou em 0,58% em janeiro, segundo dados divulgados nesta quarta-feira (26/1) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O número ficou abaixo dos registrados em dezembro e janeiro de 2021 (0,78% cada mês).

Nos últimos 12 meses, o IPCA-15 acumula alta de 10,2%, abaixo dos 10,42% observados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em janeiro de 2021, a taxa foi de 0,78%.

O maior impacto no índice do mês de janeiro veio do setor de transportes, que recuou 0,41% após a alta de 2,31% em dezembro. Houve queda nos preços da gasolina (-1,78%) e das passagens aéreas (-18,21%). Além disso, o etanol (-3,89%) e o gás veicular (-0,26%) tiveram variações negativas no período.

Altas

Com exceção dos transportes, os outros oito grupos de produtos e serviços pesquisados pelo IBGE registraram alta em janeiro. As maiores elevações foram observadas em vestuário (1,48%) e artigos de residência (1,4%).

O setor de alimentação e bebidas acelerou de 0,35% para 0,97%. Dentro desse grupo, os maiores impactos vieram de cebola (17,09%), frutas (7,1%), café moído (6,5%) e carnes (1,15%).

Na sequência, vieram saúde e cuidados pessoais (0,93%) e habitação (0,62%). No grupo habitação, o maior impacto recaiu sobre o aluguel residencial, com alta de 1,55%. Além disso, o instituto destacou a variação do gás encanado (8,4%), consequência do reajuste de 17,64% em São Paulo (15,03%), vigente desde 10 de dezembro.

Inflação de 2022

Consulta a especialistas feita semanalmente pelo Banco Central (BC) mostra que o mercado espera alta de 5,15% na inflação de 2022, acima do teto da meta estipulada para o ano, de 5%. Neste ano, a meta central de inflação é de 3,50%. Para ficar dentro da meta, o índice pode oscilar entre 2% e 5%.

Se confirmada a previsão do mercado, será o segundo ano seguido de estouro da meta de inflação. Em 2021, o IPCA somou 10,06%, o maior índice desde 2015. No ano passado, o alvo central da meta para a inflação era de 3,75%, com margem de tolerância entre 2,25% e o limite máximo de 5,25%.

O presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, precisou enviar uma carta aberta ao presidente do Conselho Monetário Nacional (CMN), o também ministro da Economia, Paulo Guedes, para justificar o resultado.

Campos Neto atribuiu o estouro da inflação em 2021 a uma mistura de fatores: criação da bandeira de energia elétrica de escassez hídrica, alta das commodities e falta de insumos para as cadeias de produção.

Os demais grupos ficaram entre 0,25% de educação e 1,09% de comunicação.

Fonte: Metropoles

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