“PIB de 3% não levará governo à acomodação”, diz Alckmin
Vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, em seminário sobre a Política Indústrial. (Foto: Zeca Ribeiro/ Câmara dos Deputados)
O vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, destacou nesta quarta-feira (4) os avanços econômicos alcançados pelo Brasil em 2023, durante a participação no 2º Seminário de Política Industrial, promovido pela Comissão de Indústria, Comércio e Serviços da Câmara dos Deputados. Segundo ele, o bom desempenho do Produto Interno Bruto (PIB) não deve levar o governo Lula a uma postura de acomodação.
“No terceiro trimestre foi 0,9%, o quarto país do mundo que mais cresceu. É um avanço importante que nos levará a bem mais de 3% ao ano”, afirmou Alckmin, citando dados do IBGE. Ele também ressaltou a queda histórica do desemprego, que atingiu 6,2%, e o crescimento da indústria, impulsionado por investimentos em máquinas e equipamentos.
Apesar dos resultados positivos, o vice-presidente reforçou que ainda há muito a ser feito. “Hoje, no cenário mundial, é um avanço significativo, mas não deve nos levar a uma acomodação”, disse.
Investimentos em foco
Durante o evento, Alckmin, que também lidera o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, detalhou as iniciativas do governo para o setor industrial. Ele mencionou o programa Nova Indústria Brasil, que prevê R$ 300 bilhões em financiamentos públicos até 2026, além de R$ 1,83 trilhão em investimentos privados projetados até 2033.
“O Brasil tem uma grande oportunidade com a indústria verde e sustentável. Somos protagonistas nos debates globais sobre segurança alimentar, energética e climática. O Congresso Nacional merece parabéns por aprovar o mercado regulado de carbono”, afirmou.
O vice-presidente também revelou ter solicitado ao presidente da Câmara, Arthur Lira, apoio para a tramitação de duas propostas do Executivo: o Projeto de Lei Complementar 167/24 e o Projeto de Lei 4043/24. Ambas visam facilitar a exportação por micro e pequenas empresas, criando regras de transição para créditos tributários até a conclusão da reforma tributária em 2032.
*Gazeta do Povo
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