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O câncer colorretal pode avançar mais rápido devido a esse fator

O estresse crônico pode alterar a microbiota intestinal e acelerar o câncer colorretal, enfraquecendo a resposta imunológica do corpo Veja os sintomas iniciais do câncer colorretal - iStock/libre de droit Pesquisadores apresentaram no congresso da United European Gastroenterology (UEG Week) , realizado em Viena, na Áustria, um estudo inovador sobre os impactos do estresse crônico na microbiota intestinal e sua relação com o câncer colorretal. A pesquisa revela como o estresse pode acelerar o crescimento dos tumores intestinais ao afetar a flora bacteriana, o que abre novas possibilidades terapêuticas. O impacto do estresse no câncer colorretal O estudo demonstrou que o estresse crônico pode contribuir para a progressão do câncer colorretal, principalmente ao reduzir a presença de bactérias benéficas no intestino, como o Lactobacillus. Essas bactérias são essenciais para manter o equilíbrio da microbiota e reforçar a resposta imunológica do organismo. Quando o estresse provoca a diminui...

Vírus Marburg: OMS em alerta máximo após surto em Hamburgo

Vírus Marburg é altamente contagioso e um dos mais letais; sintomas são semelhantes ao da Ebola


Nesta quarta-feira (2), a movimentada estação central de trens de Hamburgo, na Alemanha, foi temporariamente isolada devido à suspeita de infecção pelo vírus Marburg em dois passageiros recém-chegados de Ruanda. O incidente mobilizou as autoridades locais e serve de alerta para viajantes que planejam destinos internacionais, especialmente para regiões afetadas por surtos epidemiológicos.

Vírus Marburg: OMS em alerta máximo após surto em Hamburgo
Vírus é altamente contagioso e deixa OMS em alerta – Foto: Reprodução/ND

Pelo menos 11 pessoas já morreram desde a última sexta-feira (27), quando o primeiro caso foi confirmado. No total, 31 infecções foram confirmadas, sendo que 19 pacientes estão em isolamento.


O que é o vírus Marburg?

O vírus Marburg é um patógeno altamente contagioso que pertence à família dos filovírus, assim como o vírus Ebola.


Ele foi identificado pela primeira vez em 1967, durante surtos que ocorreram em Marburg e Frankfurt, na Alemanha, e em Belgrado, na então Iugoslávia.

Vírus Marburg: OMS em alerta máximo após surto em Hamburgo
Vírus foi identificado pela primeira vez em 1967 – Foto: Reprodução/ND

O vírus já provocou surtos em várias regiões da África, incluindo Angola, República Democrática do Congo, Quênia, Uganda, Guiné Equatorial e  Tanzânia.


Sintomas e formas de transmissão do vírus Marburg

A infecção é caracterizada por sintomas como febre alta, dor de cabeça intensa, dores musculares, dor abdominal, vômitos, diarreia e, em estágios avançados, hemorragias.


Os sintomas iniciais podem aparecer de dois a 21 dias após a infecção. A letalidade da doença pode chegar a 88%, o que a torna uma grave ameaça à saúde pública.


A transmissão do vírus Marburg ocorre principalmente de duas maneiras:


De animais para humanos

A infecção geralmente começa quando pessoas entram em contato com morcegos Rousettus, que são considerados os hospedeiros naturais do vírus. Esses morcegos podem transmitir o vírus através de secreções, como saliva ou excrementos, ou ao serem manipulados.


De pessoa para pessoa

A transmissão entre humanos ocorre principalmente por meio do contato com fluidos corporais de pessoas infectadas, incluindo:

  • Sangue;
  • Vômito;
  • Fezes;
  • Saliva;
  • Urina;
  • Suor;
  • Sêmen.

A infecção também pode ocorrer através do contato com superfícies e materiais contaminados, como roupas de cama ou utensílios usados por uma pessoa infectada.

Vírus Marburg: OMS em alerta máximo após surto em Hamburgo
A principal transmissão do vírus é pelo contato com morcegos – Foto: Pixabay/ND

Prevenção e tratamento

Atualmente, não existem vacinas ou tratamentos específicos para a infecção por vírus Marburg. A OMS enfatiza a importância do atendimento precoce em centros de tratamento designados.


A prevenção é fundamental e envolve evitar o contato com indivíduos ou animais infectados, além de seguir rigorosas práticas de higiene. Em regiões onde o vírus está presente, é recomendável procurar atendimento médico ao surgirem sintomas e aderir a medidas de controle sanitário.


Marburg x Ebola

Embora ambos pertençam à família dos filovírus, apresentam diferenças significativas.


O Ebola foi identificado pela primeira vez em 1976, próximo ao rio Ebola, na República Democrática do Congo, e tem sido responsável por surtos frequentes e devastadores na África.


Em contrapartida, o Marburg foi descoberto em 1967 na cidade de Marburg, na Alemanha, durante surtos em laboratórios, com ocorrências mais raras e

Vírus Marburg: OMS em alerta máximo após surto em Hamburgo
Mortalidade pelo vírus é alta – Foto: Reprodução/ND

Os sintomas de ambas as infecções incluem febre, dor de cabeça, vômitos e diarreia, podendo evoluir para hemorragias em estágios avançados, com a mortalidade variando entre 25% e 90% para o Ebola e entre 23% e 90% para o Marburg.


Embora existam vacinas e terapias experimentais para o Ebola, o Marburg não possui tratamentos antivirais específicos ou vacinas aprovadas, com o manejo sendo focado em cuidados de suporte.


Como se proteger

Primeiramente, é fundamental evitar o contato com animais infectados. Em caso de estar em áreas conhecidas por surtos, a precaução é essencial.


Além disso, a higiene pessoal é crucial: lavar as mãos regularmente com água e sabão ou usar desinfetantes à base de álcool, especialmente após ter contato com pessoas doentes ou superfícies que possam estar contaminadas, pode ajudar a prevenir a infecção.


Para profissionais de saúde que atendem pacientes infectados, o uso de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) adequados, como luvas, máscaras e aventais, é indispensável para evitar a contaminação.

Vírus Marburg: OMS em alerta máximo após surto em Hamburgo
É importante utilizar máscaras e luvas para conter transmissão – Foto: Reprodução/ND

Além disso, se manter informado sobre a doença e suas formas de transmissão, bem como estar atento a surtos em áreas de risco, é fundamental.


Vacinas e tratamentos em desenvolvimento

Atualmente, não existem vacinas ou tratamentos aprovados especificamente para o vírus Marburg, mas várias iniciativas estão em andamento para desenvolver soluções eficazes.


A OMS classificou a doença de Marburg como uma prioridade alta para o desenvolvimento de vacinas, dada sua alta taxa de mortalidade e potencial de surtos.

Vírus Marburg: OMS em alerta máximo após surto em Hamburgo
11 mortes já foram confirmadas pelo vírus – Foto: Reprodução/ND

Algumas vacinas experimentais estão sendo estudadas. Entre elas, imunizantes baseados em plataformas como vetor viral, que já mostraram eficácia em modelos animais.


Em relação a tratamentos, várias abordagens estão sendo exploradas. Terapias de suporte, como reidratação e controle de sintomas, são atualmente as principais formas de manejo, mas novos tratamentos experimentais, incluindo anticorpos monoclonais e terapias antivirais, estão em fase de pesquisa.


*ND+

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