Recife: João Campos, namorado de Tabata, é reeleito prefeito

Candidato do PSB teve 77,46% dos votos

Recife: João Campos, namorado de Tabata, é reeleito prefeito
João Campos Foto: Reprodução/ Print de vídeo YouTube Câmera Record


Com mais de 76% das urnas apuradas, o prefeito do Recife (PE), João Campos (PSB), foi reeleito no primeiro turno, com 77,46% dos votos.


O primeiro turno na capital de Pernambuco foi marcado pela previsibilidade, com o pessebista disparado em primeiro lugar nas pesquisas desde o início.


Em segundo lugar, ficou Gilson Machado (PL), ex-ministro do governo Bolsonaro, com 14,14% dos votos.


A candidata Dani Portela (PSOL) alcançou 4,01% e Daniel Coelho (PSD), 3,32%. O candidato Tecio Teles (Novo) marcou 0,84% e Ludmilla (UP), 0,16%. Simone Fontana (PSTU) teve 0,06%.


CAMPOS

Dado seu desempenho na disputa municipal e seus altos índices de aprovação no comando da prefeitura, Campos é considerado uma opção para a corrida pelo governo de Pernambuco, em 2026, contra a atual ocupante do cargo, Raquel Lyra (PSDB). Aliados também apostam nele como um futuro nome para a Presidência da República.


Com 30 anos de idade, Campos faz parte de um clã político que domina o cenário local. Ele é filho do ex-governador Eduardo Campos, que morreu em um acidente aéreo em 2014, e bisneto de Miguel Arraes, que também governou o estado. Antes de se eleger prefeito em 2020, atuou como deputado federal.


Sua vitória acachapante é um trunfo para o PSB e representa uma esperança de renovação no partido, que, desde a redemocratização, não conseguiu criar lideranças nacionais capazes de ocupar o espaço da esquerda ou centro-esquerda no debate nacional. O pai de João, Eduardo Campos, fez essa tentativa em 2014, mas sua morte enterrou os planos.


Nos últimos anos, o prefeito de Recife se tornou “pop” nas redes sociais, com vídeos de “dancinhas” e fotos de cabelo “nevado” ou descolorido para o carnaval. “É gente como a gente”, dizia a propaganda eleitoral do candidato.


Em segundo lugar na eleição, ficou o ex-ministro Gilson Machado (PL), com 10%. Ele fez parte da gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro como titular da pasta do Turismo, mas não obteve tração na disputa pela prefeitura.


Em debate entre os candidatos na reta final do primeiro turno, Campos exaltou a realização de obras no Recife e foi o foco de ataques dos outros competidores. Na propaganda eleitoral, apostou também em mostrar realizações de sua gestão e o vínculo com Miguel Arraes.


A candidatura de Campos era considerada a mais competitiva do campo da esquerda em capitais. Apesar de ter o apoio do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, contudo, o prefeito não dependeu do endosso do PT para se reeleger.


O partido de Lula pleiteava a vaga de vice, de olho em assumir a prefeitura após 2026, caso Campos se eleja governador. O prefeito, contudo, ignorou apelos dos petistas e escolheu como vice Victor Marques (PCdoB), seu ex-chefe de gabinete, como companheiro de chapa.


Em 2020, Campos se elegeu em segundo turno contra Marília Arraes, sua prima, então filiada ao PT – hoje ela faz parte dos quadros do Solidariedade. Os dois romperam durante a disputa, mas ela acabou anunciando apoio à reeleição do prefeito neste ano.


*Com informações do AE

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