As ações do Magazine Luiza acumulam uma retração de 96,5% desde a sua máxima histórica, registrada no pregão do dia 5 de novembro de 2020, conforme dados levantados pela consultoria Elos Ayta.
Nesse dia as ações do Magazine Luiza fecharam cotados R$ 273,30 – ao passo que no pregão desta quarta, 24, os papéis fecharam a R$ 9,15, o menor valor desde o pico.
A mínima histórica dos papéis MGLU3 data do dia 14 de dezembro de 2015, quando a cotação fechou a R$ 0,30. À época, essa cotação representou um recuo de 93,5% desde a sua estreia na bolsa de valores, que foi em 2011 a um preço de R$ 4,58.
As ações caem em conjunto com demais varejistas, que sofrem em um ambiente de juros mais restritivo do que o esperado anteriormente, com a tese de Selic de um dígito caindo por terra logo no primeiro semestre do ano.
Analistas destacam que a companhia pavimenta um caminho de recuperação e de melhora da rentabilidade, contudo o contexto macroeconômico e o ambiente competitivo são ventos desfavoráveis para a empresa.
“Apesar de acreditarmos que ainda há bastante espaço para a companhia crescer, ainda enxergamos um cenário de curto e médio prazo desafiador devido a deterioração macroeconômica, que tende a reduzir a renda disponível, impactando a demanda por bens duráveis e o ambiente competitivo agressivo, com forte expansão de competidores estrangeiros, como Alibaba, Shopee, Amazon e Shein, o que tende a impactar o crescimento e rentabilidade das plataformas de e-commerce locais”, dizem os analistas Danniela Eiger, Gustavo Senday e Laryssa Sumer.
A recomendação da casa é neutra para os papéis do Magalu, com preço-alvo de R$ 14 para o fim de 2025.
Magazine Luiza já vale menos de R$ 7 bilhões
Conforme dados do Status Invest, o valor de mercado do Magazine Luiza fica em R$ 6,85 bilhões no momento atual, dada a desvalorização das ações nos últimos meses.
A companhia tem uma dívida líquida na casa dos R$ 2,5 bilhões e seu patrimônio líquido é de R$ 10,9 bilhões.
O Magazine Luiza reporta seu resultado referente ao terceiro trimestre de 2024 no dia 7 de novembro após o fechamento de mercado.
A expectativa do consenso Bloomberg para o balanço é de um lucro de R$ 33 milhões, com R$ 688 milhões de Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) e R$ 8,9 bilhões de receita líquida.
*IstoÉ Dinheiro