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A Renault anunciou oficialmente que encerrará a produção de seus motores de Fórmula 1 após o final da temporada 2025. A decisão, embora dolorosa, foi considerada necessária pelo CEO do Grupo Renault, Luca de Meo. A medida visa reavaliar os planos da Alpine na categoria e busca uma mudança de rumo para a equipe francesa.
De Meo reconhece que a decisão terá um impacto emocional e prático nos funcionários da fábrica de motores em Viry-Châtillon, mas garantiu que eles serão realocados em outros projetos. O CEO também destacou a necessidade de uma reestruturação, após um período de resultados abaixo do esperado.
“Sou um gerente. Administro uma empresa listada. E tenho que repensar o projeto da F1 para finalmente vencer”, afirmou De Meo.
A Renault tem uma história de sucesso na Fórmula 1, especialmente com a parceria com a Red Bull entre 2010 e 2013. No entanto, desde a era híbrida, a equipe francesa não conseguiu retornar ao topo. De Meo afirmou que a Renault se tornou ‘invisível’ no grid e que era necessário tomar medidas para reverter essa situação.
“Nós nos tornamos invisíveis. Mais dois anos como este e o projeto entraria em colapso total. Estamos em uma espiral descendente há três temporadas. Tínhamos que fazer algo para mudar”, continuou De Meo. “Ao mesmo tempo, havia uma motivação financeira. Dada a posição da Alpine na classificação, estamos perdendo bônus e patrocinadores. Parecemos ridículos com o décimo sexto e décimo sétimo lugares. Não estamos em lugar nenhum”, concluiu o CEO da Renault.
A decisão de encerrar a produção de motores de F1 e se tornar uma equipe cliente, muito provavelmente da Mercedes, pode ser uma estratégia para a Alpine alcançar melhores resultados no futuro. Sem a responsabilidade de desenvolver seu próprio motor, a equipe poderá se concentrar em outros aspectos e aproveitar as oportunidades oferecidas pelas novas regulamentações que entrarão em vigor em 2026 na categoria.
*F1Mania