Papa Francisco sobre ataques de Israel: “Defesa desproporcional é imoral”

Pontífice deu declarações neste domingo

Papa Francisco sobre ataques de Israel: “Defesa desproporcional é imoral”
Papa Francisco Foto: EFE/EPA/OLIVIER MATTHYS


Neste domingo (29), o papa Francisco afirmou que “a defesa deve ser sempre proporcional ao ataque” e que quando “é tão desproporcional é imoral”. Ele deu declarações ao ser questionado sobre os bombardeios de Israel contra o Líbano, na coletiva de imprensa realizada no avião no qual regressava da sua viagem à Bélgica.


– Não entendi como as coisas aconteceram, mas a defesa sempre tem que ser proporcional ao ataque e, quando há algo desproporcional, se vê uma tendência dominante que vai além da moralidade – disse Francisco sobre os ataques israelenses no Líbano.


E acrescentou:


– Um país que faz estas coisas pela força, e estou falando de qualquer país, é imoral de forma superlativa.


Segundo ele, embora “a guerra seja imoral”, existem algumas regras a serem respeitadas.


O Exército israelense continua bombardeando com força várias zonas do Líbano, depois de a morte do líder do grupo xiita Hezbollah, Hassan Nasrallah, ter sido confirmada neste sábado.


Além dos mortos e feridos, cerca de um milhão de pessoas abandonaram suas casas nos últimos dias no Líbano devido à campanha de ataques sem precedentes de Israel, na maior operação de deslocamento no Líbano da história, segundo denunciou hoje o primeiro-ministro libanês, Najib Mikati.


Poucas horas antes da coletiva de imprensa no avião, durante a mensagem do Angelus após a missa que celebrou no Estádio Rei Balduíno, em Bruxelas, Francisco fez um apelo por um cessar-fogo imediato no Líbano.


“Acompanho com dor e preocupação o prolongamento e a intensificação do conflito no Líbano. Esta guerra tem efeitos devastadores sobre a população. Demasiadas pessoas continuam a morrer todos os dias no Oriente Médio”, lamentou o papa.


Além disso, pediu a todas as partes um cessar-fogo imediato também na Faixa de Gaza, no resto da Palestina, em Israel, “e que sejam libertados os reféns e que a ajuda humanitária seja permitida”.


*Com informações da Agência EFE

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