Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)
Enfrentando sanções desde que invadiu a Ucrânia, a Rússia está com dificuldades para realizar pagamentos transfronteiriços. Por conta disso, o país comandado por Vladimir Putin está abraçando as criptomoedas para continuar negociando com outros países.
Em junho, por exemplo, eles legalizaram as criptomoedas para serem usadas no comércio internacional, visando reverter as quedas na importação e exportação de diversos produtos.
Segundo fontes da Kommersant, agora a Rússia estaria se preparando para lançar duas corretoras de criptomoedas no país. Uma delas teria sede em Moscou, capital russa, e outra em São Petersburgo, segunda maior cidade local.
“Planeja-se criar pelo menos duas corretoras de criptomoedas na Rússia.”“Uma delas usará a base da Bolsa de Valores de São Petersburgo (SPVB) para o comércio exterior”, disseram fontes à mídia local. “A segunda plataforma está prevista para ser criada em Moscou. No entanto, ainda não foi decidido se ela será baseada na Bolsa de Moscou ou criada separadamente em um regime jurídico experimental.”
Na semana passada, o jornal Izvestia notou que 98% dos bancos chineses, um dos principais aliados russos, não estariam aceitando transações vindas da Rússia.
“Em meados de julho, as maiores organizações financeiras chinesas começaram a dividir o yuan recebido em “limpo” e “sujo” (isto é, associado à Rússia) e depois se recusaram a aceitar este último”, comentou Alexey Poroshin do JSC First Group.
Rússia planeja criar stablecoin com cesta de moedas do BRICS
Conforme criptomoedas descentralizadas como o Bitcoin não censuram transações, elas podem ser a saída para a Rússia continuar negociando com outros países enquanto transações bancárias são bloqueadas.
Como já destacado pelo Banco Central russo, essa abordagem poderia enfraquecer o rublo caso essas criptomoedas comecem a girar no comércio local, especialmente stablecoins.
Portanto, faz sentido que a Rússia esteja disposta a criar corretoras de criptomoedas. Afinal, isso daria maior controle para o governo monitorar saldos e transações.
Outro ponto mencionado pelas fontes do Kommersant é que o país estaria se preparando para criar suas próprias stablecoins, uma com paridade ao yuan chinês e outra com uma cesta de moedas do BRICS, o que incluiria o real, rublo, rupia, yuan e o rand sul-africano.
Além de resolver o problema do comércio internacional, isso também pode ser visto como uma proteção ao rublo.
Para Mikhail Uspensky, que ajudou na criação da regulação das criptomoedas na Rússia, essas corretoras de criptomoedas seriam usadas inicialmente por um grupo seleto. Ou seja, os testes seriam feitos com poucas pessoas, então se expandiriam até os maiores exportadores e importadores do país.
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