Atualmente, o sistema de pagamentos instantâneos do Banco Central soma quase 850 participantes, e IPs vêm crescendo
Pix | Imagem: Adobe PhotoshopA três meses de completar quatro anos de existência, o Pix não só caiu no gosto da população como também se tornou praticamente uma “exigência” para as instituições financeiras e de pagamento em geral. Atualmente, há quase 850 participantes no sistema de pagamento instantâneo criado pelo Banco Central (BC). E outros 100 estão na fila para integrar o arranjo.
A informação foi revelada por Breno Lobo, chefe-adjunto do Departamento de Competição e de Estrutura do Mercado Financeiro do BC, em evento da Associação Brasileira de Bancos (ABBC), nesta quarta-feira (21/8). Conforme dados no site do BC, dos 847 participantes, a maioria absoluta (577) é formada por cooperativas de crédito. Em seguida, vêm as instituições de pagamento (IPs), que são 138 no arranjo – há um ano eram menos de 100.
De acordo com ele, o Pix foi idealizado para funcionar em diversos casos de uso, e não apenas para transferências entre pessoas. “Se podemos fazer tudo com o dinheiro em espécie, em teoria, a ideia é que possamos fazer tudo com o Pix”, disse. “Desde o começo, sabíamos que iria ter muita coisa para construir. Internamente, temos um time que cuida da operação e outro dedicado à agenda evolutiva, pensando em produtos e funcionalidades.”
Pix Automático e por aproximação
Para o ano que vem, o BC planeja lançar o Pix Automático, com foco em transações recorrentes, e o Pix por aproximação, que vai rodar por meio da jornada sem redirecionamento (JSR) no Open Finance. O primeiro deve sair em junho de 2025, enquanto o segundo está previsto para fevereiro também do próximo ano.
“O Pix Automático é o produto da nossa agenda que vem para corrigir a falha de mercado que existe no arranjo de débito automático, que não é interbancário”, afirmou Breno. “Em geral, quem ofertava esse serviço eram os grandes bancos. Então, o Pix Automático vai trazer mais competição para o mercado”, completou. Além disso, com a modalidade, o plano é tornar os pagamentos cada vez mais invisíveis, disse o porta-voz do BC.
Sobre o Pix por aproximação, Breno comentou que o regulador vai padronizar como as informações trafegam nas transações via NFC. O recurso hoje existe para pagamentos com cartão, smartphones ou outros dispositivos que tenham essa tecnologia. No caso do Pix, a funcionalidade nasce por meio da iniciação de pagamento sem redirecionamento, parte do Open Finance. “O Pix por aproximação já é uma realidade.”
Segurança
O porta-voz do BC destacou, ainda, os aperfeiçoamentos que o órgão tem feito na regulamentação do Pix com o objetivo de combater fraudes e golpes, um dos grandes problemas para usuários e instituições. O Mecanismo Especial de Devolução (MED) é um dos principais e passará por uma atualização com a criação do “MED 2.0”, previsto para o ano que vem ou seguinte.
“O desenho geral deve sair entre setembro e outubro. Depois, vêm as especificações e o desenvolvimento tecnológico tanto do BC quanto das instituições. Então, a perspectiva para lançar o MED 2.0 é final de 2025 ou início de 2026”, disse Breno. Reportagem do Finsiders Brasil nesta terça-feira (20/8) mostrou que apenas 8% dos valores transferidos via Pix e contestados como golpes e fraudes, em média, voltam para a vítima.
Fonte: FinsidersBrasil
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