Bitcoin na América Latina: uma alternativa para os gastos diários

O uso dessa criptomoeda é impulsionado principalmente pela necessidade de proteção contra a inflação

JPCN.BlogReprodução 

A América Latina é muito promissora para adoção e uso diário de criptomoedas, principalmente o Bitcoin. Embora marcada pela volatilidade econômica e inflação elevada, a região explora novas alternativas financeiras que ofereçam segurança e eficiência além dos modelos tradicionais. Desde o Brasil até o México, passando por países como Argentina, Colômbia e Chile, o Bitcoin tem sido adotado pelas características únicas que desde o início afetaram bastante o mercado financeiro.


O uso dessa criptomoeda na América Latina é impulsionado principalmente pela necessidade de proteção contra a inflação, que frequentemente desvaloriza moedas locais a ritmos alarmantes. A recente iniciativa de contratos de arrendamento pagos em Bitcoin exemplifica essa tendência, mostrando a criptomoeda como um refúgio seguro em tempos de crise econômica.


A concentração bancária e as altas taxas de transação são problemas persistentes na América Latina. Um relatório do Banco de Pagamentos Internacionais relatou que, em 2018, as taxas aplicadas a consumidores e comerciantes representavam 4% do PIB da região, uma porcentagem muito mais alta do que em outras áreas do mundo.


A natureza deflacionária de algumas criptomoedas, como o Bitcoin, é vista por alguns especialistas como uma ferramenta útil na luta contra a perda de valor monetário, e há iniciativas locais, como no Rio de Janeiro, que buscam integrar criptoativos em transações cotidianas e serviços públicos​.


A taxa de juros, que é usada pelo Banco Central para controlar a inflação, também impacta diretamente o mercado de criptomoedas. Além disso, a inclusão financeira ainda é um grande obstáculo, com apenas 51% da população na América Latina tendo acesso a serviços bancários tradicionais.


No Brasil, em 2023, cerca de 89,8% da população brasileira já possuía algum tipo de vínculo bancário, indicando um grande aumento em relação aos anos anteriores e superando a média local.


Por outro lado, o crescimento da penetração da internet amplia o alcance das criptomoedas, oferecendo uma plataforma para a inclusão financeira sem as barreiras habituais impostas pelo sistema bancário convencional. Por exemplo, um dos principais usos do Bitcoin na América Latina é no setor de remessas.


Em 2023, o volume negociado de Bitcoin no Brasil foi muito alto, alcançando R$ 2 bilhões em março, com um acumulado de R$ 4 bilhões no primeiro trimestre do ano, segundo dados da Receita Federal. Além disso, a alta de 68% do Bitcoin em 2023 indica um mercado em reconfiguração, com uma demanda estrutural elevada pelas criptomoedas.


Além disso, a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) aprovou convênios com a Associação Brasileira de Criptoeconomia para desenvolver ações de educação financeira voltadas para investidores de criptomoedas, abordando novas tecnologias financeiras e aplicações da criptoeconomia baseadas em blockchain.

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