Waack após Lula minimizar crise venezuelana: “Frase de botequim”

Para o jornalista, o "nada grave" do presidente sobre a Venezuela vai contra ele próprio

JPCN.Blog
William Waack Foto: Reprodução / Frame de vídeo / CNN

O jornalista William Waack rechaçou as declarações do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sobre não haver “nada de grave” ou “assustador” acontecendo na Venezuela. Em análise na CNN Brasil, o comunicador classificou a fala como “frase irresponsável de botequim” e ironizou, afirmando que em breve não haverá nada de “grave” ou “assustador” nas coisas que o petista diz, pois ele será “cada vez menos levado a sério”.


– A frase do presidente Lula serve para muita coisa. Serve para mascarar fatos desagradáveis que a pessoa não vê ou não quer ver. Serve para justificar fatos abomináveis que a pessoa pretende que não apoia, mas apoia. Serve também como nova categoria moral, segundo a qual nada tem de grave atentar contra princípios da democracia. Nada tem de grave mentir. Nada tem de grave renegar acordos – escreveu Waack.


Na sequência, o jornalista advertiu para os riscos da relativização dos princípios e da moralidade.


– A frase do presidente Lula serve para relativizar qualquer coisa, o que é sempre um grande perigo. Ao se relativizar, é que se perde a noção de princípios, a noção dos limites do que é moralmente aceitável ou inaceitável. E isto, no fundo, é uma das grandes diferenças entre a frase irresponsável de botequim e a frase de um chefe de Estado – apontou.


Segundo o comunicador, o que difere uma conversa de bar das falas de um chefe de Estado é a “capacidade de reconhecer a seriedade, o significado e a abrangência dos fatos”, qualidade ignorada pelo atual presidente diante dos crimes cometidos pelo seu aliado de muitos anos, Nicolás Maduro.


Em outra publicação, divulgada na última segunda-feira (29), o jornalista avaliou que “Lula perde com Maduro ganhando” a disputa pelo poder no país caribenho.


– Há um limite entre manter relações formais com vizinhos sob o jugo de uma ditadura e apoiar, elogiar, conceder e tentar passar pano para uma ditadura, pois o ditador é amigo que pertence a uma corrente política. O Brasil fez esse tipo de escolha em relação a Nicolás Maduro e colocou-se numa péssima posição. Lula achava que perderia se Maduro perdesse. Agora percebe que perde com Maduro ganhando – concluiu.

*Pleno.news /*CNN Brasil 

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