IA generativa nos games da Nintendo? Nem pensar

Shuntaro Furukawa, presidente da Nintendo, reconhece avanços da inteligência artificial generativa, mas trata assunto com cautela

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Yoshi e Mario, personagens da Nintendo (imagem: reprodução/Pixabay)


A inteligência artificial (IA) generativa é o assunto do momento, mas não para a Nintendo. Shuntaro Furukawa, presidente da gigante japonesa, reconheceu os avanços da tecnologia, mas disse que não tem planos de aplicá-la imediatamente em jogos.

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Se ferramentas como ChatGPT ou Google Gemini geram conteúdo de acordo com instruções digitadas pelo usuário, na Nintendo, uma tecnologia de IA generativa poderia fazer personagens como Mario e Luigi interagirem com o usuário, por exemplo. Mas não tão cedo.


Presidente da Nintendo vê IA com cautela

Furukawa tem uma postura cautelosa sobre o assunto. Quando questionado a respeito em uma sessão de perguntas e respostas com investidores, o executivo respondeu:


Na indústria dos jogos, a tecnologia no estilo da IA vem sendo usada para controlar movimentos de personagens inimigos, então o desenvolvimento de jogos e recursos de IA sempre estiveram próximos entre si.


A Ia generativa, que tem sido um assunto em alta nos últimos anos, pode ser mais criativa, mas também reconhecemos que ela tem problemas com direitos de propriedade intelectual.


Temos décadas de conhecimento na criação de experiências de jogos ideais para nossos clientes e, embora permaneçamos flexíveis em responder aos avanços tecnológicos, esperamos continuar fornecendo valores exclusivos para nós que não podem ser alcançados somente via tecnologia.


Shuntaro Furukawa, presidente da Nintendo


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Shuntaro Furukawa, presidente da Nintendo (imagem: reprodução/Shacknews)

Nintendo não tem pressa com a IA generativa

Isso significa que, embora a Nintendo não desconsidere implementar a IA generativa em algum momento, a companhia não tem pressa de seguir esse movimento.


Não se trata de uma resistência a ideias novas. A Nintendo tem a tradição de trabalhar em ritmo próprio, portanto, uma tecnologia que está na “moda” não costuma despertar um senso de urgência na companhia.

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É interessante notar a preocupação de Furukawa com a questão da propriedade intelectual. Provavelmente, ele se refere ao fato de serviços de IA generativa muitas vezes darem respostas semelhantes ao conteúdo de páginas web, sugerindo plágio ou algo nessa linha.


Outro aspecto ao qual o executivo deve se referir é o uso de dados da internet para dar formar a modelos de IA. Enquanto o líder da Microsoft AI considera que o conteúdo da web é um “freeware” (pode ser usado livremente), há quem defenda uma compensação pelo uso desses dados para treinamento de inteligência artificial.


Com informações: *Forbes /*Tecnoblog 

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