Com juros da dívida, rombo bate recorde e atinge R$ 1,1 trilhão sob Lula

Resultado supera o deficit nominal de R$ 1,06 trilhão atingido nos 12 meses encerrados em maio de 2024, segundo o BC

JPCN.Blog
Presidente Lula (PT). Foto: Ricardo Stuckert/PR


O resultado nominal –que considera o pagamento de juros da dívida– do setor público consolidado foi deficitário em R$ 1,108 trilhão no acumulado de 12 meses até junho. O valor equivale a 9,92% do PIB (Produto Interno Bruto) e é recorde na série histórica, iniciada em 2002.


É maior que o saldo negativo de R$ 1,062 trilhão (9,56% do PIB) registrado nos 12 meses encerrados em maio de 2024. O BC (Banco Central) divulgou o resultado nesta 2ª feira (29.jul.2024). Eis a íntegra (PDF – 270 kB) do relatório de estatísticas fiscais.


Na pandemia de covid-19, o deficit nominal também superou R$ 1 trilhão em 4 meses: outubro e dezembro de 2020, além de janeiro e fevereiro de 2021. Naquela época, os entes federados ampliaram gastos para reduzir os impactos negativos da crise sanitária na vida dos brasileiros.


O setor público consolidado é formado por União, Estados, municípios e estatais. Leia a trajetória do resultado nominal no acumulado de 12 meses:


Em junho de 2024, o rombo nominal foi de R$ 135,7 bilhões. Houve uma melhora de R$ 2,5 bilhões ante maio deste ano, quando o deficit foi de R$ 138,3 bilhões. 


ROMBO SEM JUROS 

Sem considerar o gasto com juros, o setor público consolidado –formado por União, Estados e municípios– registrou deficit primário de R$ 272,2 bilhões nos 12 meses encerrados em junho de 2024. Houve piora de R$ 247,9 bilhões ante o mesmo período em junho de 2023 –quando o saldo negativo foi de R$ 24,3 bilhões.


O resultado primário diz respeito ao saldo entre receitas e despesas sem considerar o pagamento com juros da dívida. O desempenho negativo das contas públicas se dá mesmo com o aumento real –descontando a inflação– de 9,08% da arrecadação no 1º semestre, que atingiu R$ 1,3 trilhão. Foi um recorde desde o início da série histórica, em 1995.


Houve, no entanto, uma melhora modesta de R$ 8 bilhões de maio de 2024 para junho de 2024. A redução não é suficiente para indicar uma reversão da curva. Será necessário esperar os dados dos próximos meses. O BC (Banco Central) divulgou o resultado nesta 2ª feira (29.jul.2024). Leia a íntegra do relatório (PDF – 270 kB).


Em junho de 2024, o deficit primário foi de R$ 40,9 bilhões. Esse foi o maior saldo negativo para o mês desde 2023, quando o rombo foi de R$ 48,9 bilhões.


PAGAMENTO DE JUROS DA DÍVIDA 

No acumulado de 12 meses até junho de 2024, o setor público consolidado gastou R$ 835,7 bilhões (7,48% do PIB) com o pagamento dos juros da dívida. O valor supera os R$ 638,1 bilhões (6,06% do PIB) pagos nos 12 meses até junho de 2023. Os juros da dívida custaram R$ 94,9 bilhões em junho de 2024 ante R$ 40,7 bilhões no mesmo mês em 2023.


*Poder360

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