Dólar hoje chega a marca de R$ 5,50 com atenção ao exterior, Lula e IPCA-15

IPCA-15 veio abaixo do consenso LSEG

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(Marek Studzinski/Unsplash)

Apesar de ter subido mais de 1% na véspera, o dólar opera com forte alta frente ao real nesta quarta-feira (26), chegando a atingir o patamar de R$ 5,50, acompanhando o avanço quase generalizado da moeda norte-americana no exterior, com investidores no Brasil avaliando ainda os dados do IPCA-15.


O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15), considerado a prévia da inflação oficial, subiu 0,39% em junho, ante alta de 0,44% no mês anterior e acima do 0,45% esperado por analistas consultados pela Reuters.


Qual a cotação do dólar hoje?

Às 9h52 (horário de Brasília), o dólar à vista subia 0,95%, a R$ 5,505 na compra e R$ 5,506 na venda. Na B3, o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento tinha alta de 0,40%, aos R$ 5,482.


Na terça-feira, o dólar à vista encerrou o dia cotado a R$ 5,454 na venda, em alta de 1,19%.


O Banco Central fará nesta sessão leilão de até 12 mil contratos de swap cambial tradicional para fins de rolagem do vencimento de 1° de agosto de 2024.


Dólar comercial

  • Compra: R$ 5,505
  • Venda: R$ 5,506

Dólar turismo

  • Compra: R$ 5,473
  • Venda: R$ 5,653


O que acontece com dólar hoje?

A divisa americana segue em alta ante a moeda brasileira, em mais um dia de percepção de riscos elevada para o Brasil, segundo avaliação do analista de Inteligência de Mercado da StoneX, Leonel Mattos.


Segundo Mattos, a desconfiança e o ceticismo em relação à condução das políticas econômicas do país, tanto a política fiscal quanto a política monetária, levam a derrocada do real.


“Nesta manhã o IBGE divulgou o IPCA 15 de junho, que foi uma leitura meio termo, não dá para dizer que ela foi baixa, mas também não é das mais altas que chegamos a observar em altas mensais”, comenta o analista.


Além disso, no radar dos traders está a reunião do Conselho Monetário Nacional (CMN), que discutirá as metas inflacionárias e para esse ano espera-se a transição para um sistema de metas de inflação de período contínuo. A meta deve continuar em 3% no acumulado de 12 meses, com variação permitida, com limite de flutuação de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo.


Ainda na cena nacional, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse “não indico presidente do Banco Central para o mercado, indico para o Brasil”. Ele acrescentou “presidente do BC vai ter que cuidar dos interesses do Brasil, mercado precisa se adaptar a isso”.


No exterior, a diretora do Federal Reserve (Fed), Michelle Bowman, reiterou nesta quarta-feira sua visão de que “a inflação diminuirá ainda mais com a manutenção da taxa de juros” nos Estados Unidos e que os cortes serão “por fim” apropriados se a inflação chegar de forma sustentável a 2%.


Suas falas preparadas para evento nesta quarta omitiram qualquer referência a quanto tempo os juros podem precisar ficar onde estão, um pequeno desvio em relação a terça-feira, quando ela disse que precisariam ficar na faixa atual “por algum tempo”.


(Reuters)

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