O valor é 16,1% acima da remuneração base definida pelo governo federal, que é de R$ 1.412,00
Governador de SP enviou proposta à Alesp na terça-feira 30 | Foto: Divulgação/Agência Brasil
O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, enviou uma proposta de aumento do salário mínimo estadual à Assembleia Legislativa do Estado (Alesp) na terça-feira 30.
No documento, Tarcísio sugere que o valor para 2024 fique em R$ 1.640, cerca de 16,1% acima do salário mínimo definido pelo governo federal — R$ 1.412. O aumento segue a tendência de reajustes acima da inflação adotada pela gestão estadual, refletindo um acréscimo acumulado que pode chegar a 27,7% se comparado ao piso de 2022.
“Desde 2023, nossa gestão tem o compromisso de promover mais dignidade para a população, e o aumento na remuneração tem impacto direto nesse propósito”, disse Tarcísio. “Mais uma vez, nossa proposta é que o piso estadual tenha aumento real acima da inflação. Contaremos com os deputados estaduais para que o salário mínimo paulista de R$ 1.640 seja aprovado com celeridade”
O ajuste proposto para SP indica um reajuste de 5,8% em relação ao valor de R$ 1.550, vigente desde junho de 2023. O aumento é considerado real, uma vez que supera o índice oficial de inflação acumulada nos últimos 12 meses, que foi de 3,93% segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
No primeiro ano da gestão atual, o Palácio dos Bandeirantes já havia proposto aumentos significativos para as faixas salariais existentes, com ajustes de 20,7% e 18,7%, respectivamente, para faixas que antes estavam em R$ 1.280 e R$ 1.306.
A legislação aprovada naquele momento também unificou o salário mínimo para cerca de 70 categorias profissionais distintas, que passaram a ter direito ao piso paulista.
Detalhes do reajuste proposto por Tarcísio de Freitas
A proposta de R$ 1.640 equivale a reajustes acumulados entre 25,5% e 27,7% em relação ao salário mínimo paulista de 2022. Nos últimos 24 meses, o valor acumulado do IPCA, índice oficial da inflação no Brasil, chegou a 10,5%.
Criado em 2007, o piso estadual permite que trabalhadores paulistas recebam remunerações acima do salário mínimo nacional. Os valores propostos pelo Governo do Estado levam em conta as condições de demanda de mão-de-obra e custo de vida em São Paulo, incorporando especificidades do mercado de trabalho local.
*Revista Oeste