Mais de 60% das empresas ampliam gastos com inteligência artificial, diz estudo

Mesmo com esse avanço, muitos sentem dificuldade em acompanhar a rápida adoção da tecnologia

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O aprimoramento da eficiência e consistência nos processos foi indicado por 33% dos entrevistados

19/02/2024 - REUTERS/Dado Ruvic/Ilustração


A era da inteligência artificial (IA) está a todo vapor e cada vez mais empresas investem para desbravar esta última fronteira da tecnologia. Segundo o “Estudo Talent Trends 2024”, realizado pela Randstad, 65% dos negócios ampliaram seus orçamentos em IA.


O levantamento mostra que esse movimento se deu, principalmente, por um aumentou na atração, no comprometimento e na retenção de talentos neste ano, indicada por 97% das empresas.


Isso representa um aumento de 8% em relação a 2023.


Diogo Forghieri, diretor de Talent Solutions da Randstad Brasil, disse que esse cenário “mostra como os líderes e as empresas estão se adaptando à rápida transformação digital, impulsionando o potencial da tecnologia, dos dados e das pessoas, que estão no centro do seu negócio”.


Nessa medida, o aprimoramento da eficiência e consistência nos processos foi indicado por 33% dos entrevistados pelo estudo da Randstad como benefício desse processo.


Outras melhorias incluem a automatização do fluxo de trabalho (31%), aumento da capacidade de expansão dos negócios (30%), direcionamento dos colaboradores para projetos estratégicos (30%) e identificação de funcionários com habilidades específicas (30%).


O movimento reflete a corrida de gigantes da tecnologia na busca por inovação no setor. A Microsoft planeja um projeto que pode custar até US$ 100 bilhões (R$ 510 bilhões) e incluirá um supercomputador de inteligência artificial junto da OpenAI, responsável pelo ChatGPT.


A Amazon também faz parte deste séquito. O resultado da empresa foi impulsionado pelo interesse em inteligência artificial no primeiro trimestre de 2024, depois de investimentos de até US$ 4 bilhões (R$ 20,4 bilhões) no ano passado.


Algumas consequências

O levantamento indicou que, mesmo com esse avanço, muitos sentem dificuldade em acompanhar a rápida adoção da tecnologia.


Cerca de 56% expressaram inquietação de que a transformação digital esteja ocorrendo em um ritmo acelerado demais.


Por parte dos líderes, a preocupação é a de redução do corpo humano no trabalho ao adotar a IA. Junior Borneli, CEO da StartSe, analisou que demissões em massa acontecidas nos últimos anos podem ser decorrentes do uso crescente desse recurso nas empresas.


*CNN Brasil 

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