Segundo a empresa, mudança terá impacto principalmente na população mais pobre, que usa as plataformas de e-commerce internacional para 'acessar uma rica variedade de bens a preços acessíveis'
O AliExpress afirma que, caso o Programa Mover seja aprovado com o texto que inclui a taxação de produtos importados por plataformas digitais, os itens serão taxados em 92%: "a maior taxa praticada em todo o mundo". A empresa se refere ao Projeto de Lei do deputado Atila Lira (PP-PI), cujo texto cria o Programa Mobilidade Verde e Inovação (Mover) e pede isonomia tributária entre a taxação sobre produtos brasileiros e os importados.
Programa Remessa Conforme, da Receita Federal, visa intensificar a fiscalização e garantir a tributação de bens internacionais que chegam ao País | Foto: Divulgação/Receita Federal / Estadão"A mudança terá grande impacto, principalmente na população mais pobre, que utiliza as plataformas de e-commerce internacional para acessar uma rica variedade de bens a preços acessíveis", afirma a companhia.
A chinesa argumenta ainda que a alteração, porém, "nada altera a isenção para viagens internacionais", que permite que quem viaja para fora do País compre uma variedade de produtos isentos de qualquer imposto no valor total de R$ 5 mil a cada 30 dias.
A empresa cita que, entre fevereiro e março deste ano, o Programa Remessa Conforme arrecadou 243% a mais do que em 2023. Criado em agosto, a iniciativa da Receita Federal visa intensificar a fiscalização e garantir a tributação de bens internacionais que chegam ao País.
O Remessa Conforme isenta de imposto de importação compras internacionais abaixo de US$ 50 feitas por pessoas físicas no Brasil e enviadas por pessoas jurídicas no exterior. Para isso, as empresas precisam se cadastrar na Receita, em uma espécie de plano de conformidade que regularizou essas transações.
"Assim como fez desde o início do debate sobre taxação de produtos importados, o AliExpress permanece disponível e colaborativo com o governo brasileiro e outros setores envolvidos para trabalharem juntos, levando em consideração quem mais importa, o consumidor brasileiro. Entende-se que o debate sobre a tributação de compras internacionais necessita de uma discussão mais aprofundada, ouvindo todos os lados envolvidos", afirma a companhia.
*Estadão
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