Moeda americana estava cotada a R$ 5,09 no fechamento de quinta. Bolsa oscila com pequena recuperação, depois de ter iniciado o dia em queda
Divulgação O dólar à vista iniciou o pregão em alta nesta sexta-feira (12/4). Por volta das 9 horas, a moeda americana era cotada a R$ 5,11, com elevação de 0,58%. Às 10 horas, esse valor estava em R$ 5,12 – e subindo. Por volta das 12h30, havia chegado a R$ 5,14, numa alta de 1,05%. Nesse momento, o contrato de dólar futuro chegou a R$ 5,15.
O Ibovespa, o principal índice da Bolsa brasileira (B3), abriu em queda nesta sexta. Às 10h15, ele registrava recuo de 0,19%, aos 127.219 pontos. Às 10h30, o indicador havia revertido o quadro, com alta de 0,04%. À tarde, ele embicou para baixo, já em forte queda de 1%, aos 126.117 pontos.
A valorização do dólar frente ao real tem sido uma constante nos últimos dias. Na quinta-feira, ele registrou a segunda alta seguida, ao fechar a R$ 5,09. O aumento tem sido puxado pela estimativa do mercado de que o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) não vai reduzir tão cedo a taxa de juros nos Estados Unidos, fixada no intervalo entre 5,25% e 5,50%.
Os juros altos nos EUA aumentam a atratividade dos títulos do Tesouro americano, os Treasuries, considerados os ativos mais seguros do mundo. Em contrapartida, reduzem o interesse por aplicações em renda variável, como as ações negociadas em Bolsas. Eles também mantêm pressão altista na moeda americana.
Sinal de problemas
A última indicação de que o Fed deve manter os juros elevados por um período superior ao que vinha sendo previsto pelos analistas foi dada na quarta-feira (10/4). Na ocasião, os dados sobre a inflação do país em março vieram acima do valor esperado pelo mercado. Ela subiu no mês 0,4%, ante previsão de 0,3%.
Para alguns analistas, as complicações do cenário externo também incluem eventual recrudescimento do conflito entre Israel e o Hamas no Oriente Médio.
Impacto no Brasil
Eduardo Rahal, analista chefe da Levante Inside Corp, observa que o cenário internacional de momento pode ter impacto negativo no ritmo de queda dos juros no Brasil.
“O dólar ganhou força após a divulgação de dados de inflação nos EUA acima das expectativas. Isso provocou preocupações sobre possível postergação do ciclo de flexibilização monetária nos EUA, o que decepcionou os investidores, especialmente aqueles ligados aos mercados emergentes”, diz.
“Essa aversão ao risco é delicada para o Brasil, porque um aumento nos juros internacionais também poderia resultar num piso mais alto para nossa trajetória de queda de juros”, afirma. “Apesar de os dados de inflação locais serem positivos, eles não foram suficientes para conter a pressão na curva de juros e do dólar, que se valorizou rapidamente ao longo da semana. E ele segue subindo no dia de hoje, aproximando-se do patamar de R$ 5,15.”
*Metrópoles
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