O Grupo Casas Bahia, um dos maiores varejistas do Brasil, entrou com pedido de recuperação extrajudicial, declarando uma dívida de R$ 4,1 bilhões. A petição foi protocolada em São Paulo, onde a marca sediada em São Caetano do Sul possui também a maior parte da estrutura administrativa – na capital paulista.
Segundo a empresa, o pedido é restritivo, envolvendo apenas à reorganização de dívidas com o Banco do Brasil e Bradesco – que juntos detém 55% dos créditos devidos pelo grupo. Dívidas com colaboradores, fornecedores e demais credores não estão inclusas.
Reprodução/ Google Street ViewOs três pontos principais prevêem uma extensão no prazo para o pagamento da dívida em até 6 anos [72 meses], que antes era de 22 meses – menos de dois anos; a renegociação dos juros; e a carência de 24 meses para início do pagamento dos juros e de 30 meses para começar a quitar o montante da dívida.
No documento, a Casas Bahia justifica a reestruturação da dívida bilionária por conta do período de pandemia de Covid-19, rebaixamento da empresa no ranking S&P Global Ratings, da desvalorização das ações e da alta na taxa de juros.
Reestruturação afeta operação em Barueri
Em agosto do ano passado, o grupo comunicou um plano de reestruturação que incluiu, além da renegociação das dívidas, o fechamento de cerca de 100 lojas Casas Bahia e a demissão de 6 mil funcionários até o fim de dezembro de 2023.
Como parte do plano, o nome do grupo mudou de Via Varejo para Via. Em seguida, voltou às origens passando a se chamar Grupo Casas Bahia ainda no ano passado.
Antes disso, em janeiro de 2022, a então Via fez a aquisição da empresa de logística CNT, com centro de distribuição localizado em Barueri. A operação foi considerada estratégica devido à CNT ser consolidada no ramo de fulfillment e fullcommerce, como são chamadas as terceirizações da logística de comércio eletrônico e dos demais serviços, como planejamento e organização das operações.
A reestruturação financeira do Grupo Casas Bahia, no entanto, também afetou esse centro de distribuição de Barueri, que já teve parte da operação transferida para outro CD do grupo, de acordo com fontes ouvidas pelo Visão Oeste. A expectativa é de que toda a operação de Barueri seja transferida até o próximo ano.
*Visão Oeste
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