Juiz determinou que o plano de recuperação deve ser apresentado no prazo de 60 dias; rede pediu que banco seja multado caso bloqueie acesso aos recursos da empresa
Rede de Supermercados Dia anunciou reestruturação nas operações e pediu recuperação judicial | Foto: Divulgação / Dia / EstadãoO pedido de Recuperação Judicial (RJ) da rede de supermercados Dia Brasil foi deferido pela 1ª Vara de Falências e Recuperações Judiciais de São Paulo. Como administradora judicial, foi nomeada a Expertisemais Serviços Contábeis e Administrativos. Por meio da representante Eliza Fazan, a empresa já aceitou a nomeação.
O juiz Adler Oliveira Nobre determinou que o plano de recuperação judicial deve ser apresentado no prazo de 60 dias. Depois disso, haverá ainda 30 dias para possíveis objeções.
O prazo para habilitações ou divergências aos créditos relacionados pela devedora é de 15 dias a contar da publicação do edital da recuperação.
Aplicações financeiras
O administrador judicial da rede recebeu cinco dias para analisar a documentação protocolada pela companhia e se manifestar. Isso inclui os pedidos liminares da varejista relativos ao Banco Daycoval e a alienação de bens e equipamentos.
Rede de Supermercados Dia anunciou reestruturação nas operações e pediu recuperação judicial | Foto: Divulgação / Dia / EstadãoO Dia solicitou no protocolo da RJ que a Justiça impedisse o Daycoval de "se apropriar e/ou indisponibilizar quaisquer recursos mantidos em suas contas e aplicações financeiras". A empresa também pediu que o banco seja multado caso bloqueie acesso livre aos recursos que existam ou venham a ser depositados.
As aplicações financeiras do grupo no Daycoval somam R$ 23,9 milhões em certificado de depósito bancário (CDB). Os advogados do Dia afirmam que esses recursos são relevantes para a manutenção da operação da rede e que o banco já vinha impedindo o resgate da aplicação. Além das aplicações, o Dia possui, segundo o pedido de recuperação judicial entregue à Justiça, créditos de contrato de antecipação de recebíveis contra o banco.
A Alvarez & Marsal e o escritório Galdino & Coelho, Pimenta, Takemi e Ayoub assessoram a companhia financeira e juridicamente, respectivamente.
*Terra/*informações Estadão
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