Causa da morte ainda está sendo apurada
Alexei Navalny Foto: EFE/EPA/Yuri KochetkovO líder opositor russo Alexei Navalny, de 47 anos, morreu de forma repentina, nesta sexta-feira (16), na prisão do Ártico onde estava desde dezembro do ano passado, segundo os serviços penitenciários russos.
– Foram realizados os procedimentos de reanimação necessários, que não deram nenhum resultado. Os médicos de emergência confirmaram a morte do condenado. As causas da morte estão sendo apuradas – afirma o comunicado oficial sobre o óbito.
A nota detalha que, nesta sexta, depois de caminhar pela penitenciária IK-3, na localidade de Jarp, o político da oposição “sentiu-se mal” e “perdeu a consciência”. Além disso, o comunicado destacou que equipes médicas de emergência foram imediatamente ao presídio para tratar Navalny, que cumpria quase 30 anos de prisão por diversos crimes.
Posteriormente, os serviços penitenciários anunciaram o envio de uma comissão de funcionários penitenciários e médicos do seu aparato central para esclarecer as causas e circunstâncias da morte do recluso. A porta-voz de Navalny, Kira Yarmish, declarou que os correligionários do opositor ainda não têm a confirmação da morte e que seu advogado partirá em breve.
Em dezembro do ano passado, Navalny foi transferido de uma prisão na região de Vladimir, a menos de 200 quilômetros de Moscou, para um presídio em Jarp, no Círculo Polar Ártico, perto da cordilheira dos Urais. A cidade tem cerca de 6 mil habitantes e fica a quase 2 mil quilômetros da capital russa. Uma viagem de trem para a região tem cerca de 45 horas de duração.
Navalny, que regressou à Rússia em 2021 depois de ter sido envenenado no ano anterior – segundo seus aliados, pelo Serviço de Segurança Federal -, foi transferido após anunciar uma campanha contra a reeleição do presidente russo, Vladimir Putin, no poder desde 2000.
O processo de transferência para outra prisão, conhecido como “etapirovanie”, pode levar semanas, período durante o qual o preso é frequentemente mantido incomunicável. Tanto os Estados Unidos, como a União Europeia e a Anistia Internacional expressaram sua preocupação com o destino de Navalny, o inimigo número 1 do Kremlin.
Em 7 de dezembro do ano passado, Navalny pediu da prisão para que os russos votassem contra Putin nas eleições que acontecerão no próximo dia 17 de março. Navalny também anunciou o lançamento de um site que pedia aos russos que apoiassem qualquer candidato a presidente, exceto Putin.
*EFE/*Pleno.news
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