Magistrados classificaram como "desespero", dentre outras considerações
Foto oficial dos ministros do STF, com a composição atual completa Foto: Fellipe Sampaio /SCO/STFMinistros do Supremo Tribunal Federal (STF) repercutiram o ato pró-Bolsonaro realizado neste domingo (25) na Avenida Paulista que, de acordo com a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP), reuniu cerca de 750 mil pessoas.
Segundo a revista Oeste, os magistrados viram a manifestação como um “grito de desespero” diante das investigações da Polícia Federal (PF) acerca de um suposto planejamento de golpe de Estado, que têm Bolsonaro e seus aliados como alvo.
Andréia Sadi, em seu blog no G1, corrobora: ela afirma que “um integrante da corte” disse que “Bolsonaro antecipou sua estratégia de defesa para tentar criar um ambiente junto a seus apoiadores de que não havia nada de errado em discutir uma minuta de golpe de Estado”.
Alguns magistrados também teriam dito em off que está cada vez mais claro para Bolsonaro “que o cerco está se fechando”.
Houve também uma avaliação sobre o pastor Silas Malafaia, financiador da manifestação, a quem os integrantes da Corte classificaram como “ventríloquo”, tendo sido o único a proferir críticas a membros do STF.
– Bolsonaro procurou terceirizar para o pastor Silas Malafaia os ataques ao STF, mas sem gerar o mesmo efeito na multidão. Ministros veem nessa estratégia a aposta de que Malafaia teria uma blindagem, por ser religioso, mas concordam que isso tem limite. Se Malafaia usar dinheiro de sua igreja ou de associações privadas para financiar os atos, será envolvido – disse um ministro, de acordo com o colunista Guilherme Amado, do Metrópoles.
Neste domingo (25), ao ser questionado sobre o motivo do ato, o ex-presidente respondeu que era pela “pacificação do Brasil”. Durante seu discurso na manifestação, Bolsonaro também destacou que a manifestação visava pacificar o país e rebateu as acusações de que teria tentado dar um golpe de Estado.
– O que é golpe? Golpe é tanque na rua, é arma, é conspiração. É trazer classes políticas pro seu lado, empresariais. Nada disso foi feito no Brasil – destacou.
Foto: Sebastião Moreira/EFE *Pleno.news
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