Executivos avaliam perdas pautadas em erros na dramaturgia, erros nas manhãs e mudanças na programação esportiva do final de semana
Reproduçao TV Globo | TV GloboHá cerca de dois anos uma campanha vinha sendo reduzida de forma discreta e gradativa na TV Globo: o mote lançado acerca da "única emissora a ser vista por mais de 100 milhões de pessoas." Quando a campanha foi lançada, a meta do canal era elevar esses números em alguns anos para o montante de 150 milhões de telespectadores. Mas a surpresa foi diferente da planejada quando a nova atualização da pesquisa saiu e chegou - há tempos esperada - às mãos da presidência do canal.
A pesquisa teria deixado a cúpula global de queixo caído. A pesquisa apontava de forma detalhada - ao contrário do que a emissora esperava - uma queda de mais de R$ 20 milhões de telespectadores, atingindo hoje a média de 76 milhões de pessoas. De acordo com fontes que transitam no setor executivo do canal, o resultado fez a presidência "soltar os cachorros" durante uma reunião entre alguns executivos que fazem parte do conselho do Grupo Globo.
Já não é de hoje que a Globo vem pensando em como estabilizar a queda drástica de audiência. Até o momento, sem uma alternativa - após testar novas criações do canal e também novos produtos televisivos comprados no exterior - a ordem da presidência que foi alterada recentemente é "engajar pela internet". Internamente a ordem vem sendo colocada - ou menos tenta-se colocar - em prática por todos os setores, apesar de uma larga controvérsia entre executivos mais conservadores do canal.
Perda de audiência
De acordo com dados da pesquisa obtidos com exclusividade por este colunista, a maior perda de 'público constante' foi apontada no matinal Encontro, e também na programação esportiva dos finais de semana. Ainda segundo estas mesmas fontes, a direção do canal discute a retirada do Encontro da programação no próximo ano, ou se ainda valerá a pena uma renovação total no matinal, com direito a mudança de cenário, novos quadros, etc. Essa avaliação será feita até o final do ano.
Outra faixa de horário que foi bastante sentida na emissora é no horário pós-novela, principalmente no período mais próximo à madrugada. Com estes dados, a Globo pensa em retirar a novela reexibida nessa faixa e retornar com filmes.
Um dos cenários que também teria chamado bastante atenção da Globo foi no departamento esportivo. A perda de grandes nomes, e também de programações que outrora embalavam os brasileiros, como as corridas de Fórmula 1, estão sendo apontadas neste relatório. Umas das principais reclamações do público esportivo foram as mudanças de nomes e quadros que estariam sendo voltados para um público maior da internet, o que não vem sendo refletido na programação, ou seja, a dificuldade e a grande dúvida na emissora ainda é como carregar a internet para a programação aberta.
De acordo com fontes deste colunista, a conclusão no momento é que a emissora precisa conseguir sincronizar os programas televisivos com a internet. Segundo a alta cúpula da Globo, Luciano Huck e Ana Maria Braga são os últimos cases de sucesso do canal dentro dessa estratégia. Luciano Huck tem engajado as redes sociais com diversos recortes da atração, enquanto Ana Maria Braga já teria entendido perfeitamente a forma de viralizar nas redes sociais com suas brincadeiras e assuntos mais sensíveis, além de grandes execuções publicitárias que tem viralizado pelas redes sociais surpreendendo as marcas.
*lobianco.ig
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