Especialistas alertam que o Brasil pode registrar mais casos de dengue em 2024

 Especialistas alertam que o Brasil pode registrar mais casos de dengue em 2024

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A Sociedade Brasileira de Medicina Tropical (SBMT) alertou que o Brasil pode registrar mais casos de dengue em 2024 do que o habitual. A possível elevação da quantidade de infecções deve ser causada pela presença de múltiplos sorotipos do vírus no país.


O que preocupa os especialistas é que essas ondas de vírus diferentes aumentam, sobretudo, a incidência de casos graves. A dengue possui quatro sorotipos e quando alguém é infectado por um deles adquire apenas a imunidade contra aquele tipo.

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Portanto, os infectados ainda ficam expostos as demais variantes da dengue. Para 2024, a preocupação dos infectologistas é com a ameaça de uma epidemia causada pelo sorotipo 3. Inclusive, já há registros desse tipo do vírus no Norte do Brasil.


Além disso, um fator natural é apontado como um dos causados para esse possível aumento. O fenômeno El Niño, que se refere ao aumento contínuo na temperatura do Oceano Pacífico, e o aquecimento global facilitam a propagação do mosquito Aedes aegypti.


Em entrevista ao jornal Folha de S.Paulo, o presidente da SBMT, Júlio Croda, disse que o verão, período epidêmico da doença, vai ser “bastante complicado”, tendo em vista que poderemos ter um maior número de casos e óbitos do que tivemos ano passado.


O especialista recomenda a criação de um plano de contingência para estados e municípios para 2024, além de um aumento da quantidade de locais especializados no atendimento e na organização dos fluxos de internação no período epidêmico.

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Em 2023, o Brasil está vivendo uma onda de casos da arbovirose. No início deste ano, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Espírito Santo e Tocantins se depararam com epidemias da doença. O surto provocou mais de 300 mil casos até meados de março.


Diante desse cenário preocupante, o Ministério da Saúde criou um Centro de Operações de Emergências (COE Arboviroses), responsável por monitorar os surtos de dengue, chikungunya e zika no Brasil. De todo modo, a recomendação segue para evitar locais com água parada.

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