Greve paralisa funcionamento de metrô e trens em São Paulo

Categorias são contra a privatização de empresas públicas do setor de transportes

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Parte do Metrô de São Paulo está em greve nesta terça Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

Em razão da greve unificada aprovada em assembleia geral na noite desta segunda-feira (2), a Companhia do Metropolitano de São Paulo (Metrô) e a Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) estão sendo afetadas desde o início da manhã desta terça-feira (3).


Na noite de segunda, os funcionários do Metrô, da CPTM e da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) votaram e aprovaram a paralisação conjunta que começou à 0h desta terça-feira, e já vinha sendo alertada pelos sindicatos desde a semana passada. A paralisação das atividades deve durar 24 horas.


No início da manhã desta terça-feira, todas as linhas de gestão pública da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) já se encontravam paralisadas ou em operação parcial. As linhas 10-Turquesa, 12-Safira e 13-Jade amanheceram fechadas, enquanto as linhas 7-Rubi e 11-Coral estão, desde as 5h15, operando parcialmente.


Por outro lado, as linhas 8-Diamante e 9-Esmeralda, de trens metropolitanos, administradas pela iniciativa privada, seguem em funcionamento normal. No Metrô, apenas as linhas 4-Amarela e 5-Lilás, da iniciativa privada, permanecem operantes; o restante das linhas amanheceu de portas fechadas.


As categorias são contra a privatização das três empresas públicas. Os sindicatos alegam que a transferência das operações ao setor privado, por parte da gestão do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos), carece de maior discussão com a sociedade e que projetos do tipo podem piorar a qualidade dos serviços.


O governo de São Paulo, por sua vez, define o movimento como “ilegal” e “abusivo”. A gestão do governador Tarcísio disse, em nota, que é “absolutamente injustificável que um instrumento constitucional de defesa dos trabalhadores seja sequestrado por sindicatos para ataques políticos e ideológicos à atual gestão”.


Em razão da greve, a Prefeitura de São Paulo anunciou a suspensão do rodízio de veículos na capital nesta terça. Além disso, a Secretaria da Educação do Estado decidiu suspender as aulas da rede na capital e na Região Metropolitana. Segundo a administração estadual, todas as provas serão reagendadas.


*AE/*Pleno.news 

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