A ação do governo se dá pelo cancelamento dos voos comerciais por causa da guerra
Caravana do apóstolo Bueno Junior Foto: Instagram @buenojuniorto
O apóstolo Bueno Junior, da Igreja Embaixada Internacional Vida, em Araguaína, Tocantins, é um entre milhares de brasileiros que estão em Israel e serão repatriados pelos aviões da Força Aérea Brasileira (FAB).
O líder religioso foi para a Terra Santa em uma caravana com 36 pessoas. Antes de chegar a Israel, eles pousaram em Dubai no dia 28 de setembro, depois seguiram para o Egito e só depois foram para Jerusalém.
- Nós estávamos com duas reservas, uma com 13 pessoas e outras 23 pessoas. Nosso retorno estava marcado para o sábado a noite, mas o conflito começou no sábado pela manhã. Então, quando nos apresentamos no aeroporto, a companhia, a critério dela, alocou 13 pessoas em outro voo e cancelou o voo das outras 23 – explicou o líder religioso ao Pleno.News.
Dentre as 23 pessoas que ficaram, seis delas resolveram comprar passagens para voltar ao Brasil sem precisar esperar por uma solução da companhia aérea. Os outros 17 ficaram em Israel aguardando uma posição da empresa.
– Começamos a fazer contato com o governo brasileiro através do senador Eduardo Gomes (PL-TO) que conseguiu falar com o Itamaraty para repatriar os brasileiros que estão aqui.
MEDO E SEGURANÇA
A caravana liderada pelo apóstolo estava em Jerusalém, cidade que estava segura e sem nenhuma intercorrência militar. Com as tentativas de ataques aéreos, as sirenes tocaram e as autoridades deram ordens explícitas para que todos ficassem seguros nos hotéis.
– Quando aconteceram os primeiros ataques e soaram as sirenes, nós ficamos apreensivos. No meu caso principalmente, pois sou o guia da caravana, porém, a gente sente segurança, porque temos confiança no Senhor e nada nos aconteceu, nem nos acontecerá até a saída – declarou.
BRASILEIROS SERÃO REPATRIADOS
Com o cancelamento dos voos, aeronaves da FAB foram para Israel para repatriar cerca de 1,7 mil brasileiros que se cadastraram no site da embaixada. Entre eles a ginecologista tocantinense Karla Mazzini que está em uma caravana com 70 pessoas.
Ao Pleno.News, a médica confirmou que aguarda a ajuda do governo brasileiro e que eles devem retornar ao Brasil nesta terça-feira (10). O grupo está no país há cinco dias e teve a viagem interrompida por causa da guerra.
– Estamos em uma caravana com 70 pessoas, sendo 11 delas do Tocantins. Tem idosos, mulheres, homens e crianças também, mas graças a Deus ninguém ficou ferido. Estamos confinados no hotel e, durante os ataques, ficamos no bunker dentro do hotel. Agora, aguardamos o avião do FAB – disse ela.
*Pleno.news