Ministro foi o último a votar no julgamento do ex-presidente
Alexandre de Moraes Foto: Alejandro Zambrana/Secom/TSE
Responsável por fechar o placar de 5 a 2 no julgamento que declarou Jair Bolsonaro (PL) inelegível até 2030, o ministro Alexandre de Moraes, presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), afirmou que a resposta da Corte sobre as críticas do ex-chefe do Executivo às urnas confirma a ‘”fé na democracia” ao invés do “viés autoritário extremista”.
– A resposta que o TSE deu, tenho absoluta certeza que confirmará a fé no Estado de Direito, e nosso grau, enquanto Poder Judiciário, de repulsa ao degradante populismo renascido a partir da chama dos discursos de ódio e antidemocrático, que propagam infame desinformação produzida e divulgada por verdadeiras milícias digitais em todo mundo – declarou.
O magistrado apontou o ex-presidente como responsável por um “encadeamento de mentiras e notícias fraudulentas” sobre o sistema eleitoral, em reunião com “produção cinematográfica”, para “imediatamente, em tempo real, as redes sociais bombardearem eleitores com a desinformação no sentido de angariar mais votos, mais eleitores, com discurso absolutamente mentiroso e radical”.
O presidente do TSE disse também que “não há nada de liberdade de expressão em um presidente mentirosamente dizer que há fraude nas eleições”.
Alexandre disse ainda que, “lamentavelmente, não houve nenhuma alteração no procedimento” de Bolsonaro, mesmo com os alertas da Justiça Eleitoral.
– Gravidade ímpar um presidente da República se usar desses mecanismos – afirmou.
Segundo o ministro, a Corte eleitoral “não está inovando” no julgamento, mas “reiterando seu posicionamento”, em especial o firmado no caso Francischini. De acordo com Moraes, à época, “se reforçou a proteção à democracia, a proteção e defesa de eleições livres, com a confirmação da essencialidade das instituições”.
*AE/*Pleno.news
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