Joias: Comissão no Senado vai chamar embaixador saudita

Renan Calheiros será o presidente do colegiado

Senador Renan Calheiros Foto: EFE/Fernando Bizerra Jr.

A Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CRE) do Senado decidiu chamar o embaixador da Arábia Saudita para prestar esclarecimentos sobre o caso das joias que o governo saudita deu para o então presidente Jair Bolsonaro (PL) e a primeira-dama Michelle Bolsonaro, em outubro de 2021. As joias acabaram retidas pela alfândega do Aeroporto de Guarulhos, em São Paulo.


Ao Estadão, o senador Renan Calheiros (MDB-AL), que vai presidir a comissão pelos próximos dois anos, afirmou que vai apresentar o requerimento nos próximos dias, para convidar o embaixador da Arábia Saudita para prestar esclarecimento. Desde dezembro do ano passado, o embaixador do Reino da Arábia Saudita no Brasil passou a ser Faisal bin Ibrahim Ghulam.


Quando os presentes sauditas avaliados em cerca de R$ 16,5 milhões foram dados pelo regime árabe aos Bolsonaro, o embaixador do Arábia Saudita no Brasil era Ali Abdullah Bahitham.


A comissão questionará por que a entrega dos presentes não seguiu o tradicional rito diplomático, com a liturgia que essas tradições sempre envolvem, e foi realizada em uma saída de hotel, quando a comitiva do governo Bolsonaro partia.


O caso ainda será analisado pela Comissão de Transparência, Governança, Fiscalização e Controle e Defesa do Consumidor (CTFC) do Senado. A informação foi dada pelo presidente da comissão CTFC, Omar Aziz (PSB-AM). O parlamentar pretende apurar negócios que foram fechados entre empresas do Oriente Médio durante a gestão Bolsonaro.


Fora do Congresso, o caso já é apurado pela Polícia Federal, Ministério Público Federal, Controladoria Geral da União, Comissão de Ética da Presidência da República, Tribunal de Contas da União e Receita Federal.


*Com informações da AE/*Pleno.news 

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