Banda de BrasÃlia teve sucessos como 'Eu Quero Ver o Oco', 'Mulher de Fases' e 'A Mais Pedida'. José Henrique Campos Pereira, nome real do músico, foi roadie antes de entrar para o grupo.
Canisso | Foto: Reprodução redes sociaisCanisso, baixista do Raimundos, morreu aos 57 anos nesta segunda-feira (13). A informação foi confirmada pelo empresário da banda, Denis Porto.
Com mais de 35 anos de carreira, o grupo de BrasÃlia lançou nove álbuns de estúdio e emplacou hits nos anos 90 como "Eu Quero Ver o Oco", "Mulher de Fases" e "A Mais Pedida".
Segundo mensagens publicadas no perfil do músico no Facebook, José Henrique Campos Pereira, nome real do músico, sofreu uma queda decorrente de um desmaio e foi encaminhado para um hospital.
A banda famosa por unir ritmos populares brasileiros com o peso do punk e do hardcore também ficou conhecida pelas letras irreverentes. Foram duas fases principais do Raimundos: uma com o vocalista Rodolfo Abrantes (até 2001) e outra com o guitarrista Digão assumindo os vocais (a partir de 2001).
Começo foi como roadie
Canisso, baixista do Raimundos, durante o João Rock 2019 — Foto: Érico Andrade/G1
Baixista do Raimundos, e um dos fundadores do grupo, José Henrique Campos Pereira, o Canisso, aprendeu a tocar instrumentos e a trabalhar como roadie em BrasÃlia, na década de 1980.
Durante um festival de música organizado em sua escola, em BrasÃlia, ele conheceu Digão. Depois, o guitarrista apresentou um amigo que já conhecia: era Rodolfo.
Raimundos com Marquim, Digão, Fred, Canisso e Caio — Foto: Divulgação
Canisso seguiu com a banda depois que Rodolfo o convenceu a ficar no Raimundos, para chamar a atenção de Adriana Vilhena, que se tornaria a esposa dele e com quem teve quatro filhos. “A banda virou, eu nem estava pensando nisso. Eu fui querer ter banda para conquistar a gata.”
Em 2013, Canisso falou ao g1 sobre tocar no Lollapalooza e a nova fase da banda.
"Estou começando a ver como se estivesse completando um ciclo. A gente está conseguindo finalmente se desvencilhar do passado e virando uma realidade. Hoje, a gente não deve nada ao que aconteceu."
"Somos uma boa banda de festival, de palco pequeno, acústico, transitamos com facilidade por climas e estilos, estamos sempre demonstrando qualidade e verdade. Nunca perdemos a identidade com quem está no público. A banda é a continuação em cima do palco da molecada que está no público."
*G1