Fotos: Divulgação e Shutterstock
Anitta foi muito celebrada como uma brasileira no Grammy Awards 2023 – e com razão. Porém, a noite da “malandra” não teve a vitória tão aguardada na categoria Artista Revelação; a vencedora foi Samara Joy, uma nova voz do Jazz que eleva o gênero a outros patamares.
A vitória de Samara foi tida como uma surpresa, já que a categoria incluía nomes mais famosos na música popular – além de Anitta, Måneskin e Omar Apollo, por exemplo, estavam na disputa. Joy foi apenas a segunda cantora de Jazz a vencer nessa categoria – a primeira foi Esperanza Spalding, em 2011.
Porém, o aproveitamento da jovem cantora foi de 100%: ela também levou para casa o Grammy de Melhor Álbum de Jazz Vocal por Linger Awhile, seu segundo trabalho.
Ira de brasileiros
Após a vitória de Samara Joy sobre Anitta, brasileiros se manifestaram nos comentários de posts no seu Instagram e da Academia de Gravação. Questionando a validade do prêmio, alguns escreviam que a jazzista “não é famosa”, “não merecia” e até que “roubou” da cantora brasileira.
Porém, logo em seguida, outro grupo de brasileiros fez manifestações no sentido contrário, elogiando a cantora e enviando parabéns à ganhadora. Entre os artistas nacionais que se posicionaram dessa forma, se destacam Teago Oliveira (Maglore), Sergiopí, Luísa Nascim (Luísa e os Alquimistas), entre outros.
Mas quem é Samara Joy?
Embora seja um novo fenômeno no mundo do Jazz, Samara Joy acaba não tendo o mesmo reconhecimento na música popular. A cantora novaiorquina tem apenas 23 anos, mas já soma conquistas singulares.
Ainda em 2019, ela chamava atenção como vencedora da conceituada competição anual e internacional de Jazz vocal Sarah Vaughan. No ano seguinte, ganhou a bolsa Ella Fitzgerald Memorial. As vozes de Vaughan e de Fitzgerald, aliás, foram duas comparações comuns a Samara no início da carreira.
Depois do primeiro álbum, homônimo, ela foi eleita a artista revelação pela JazzTimes. O segundo trabalho, lançado em 2022, apenas somou a uma trajetória que ia desde lotar salas de concerto ilustres até vídeos virais no TikTok – algo raro no mundo do jazz e que justamente dita seu valor, por expandir o alcance do gênero a uma nova geração.
Nada mal para alguém tão jovem. Voa, Samara Joy!
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