Janeiro registra segunda queda consecutiva, com redução de 3,6% na comparação com dezembro
EFE/Sebastião Moreira | Retração no comércio em três meses seguidos acompanha a escalda da corrosão do poder de compra da população com o avanço da inflação
O índice de confiança do empresário do comércio atingiu 119 pontos em janeiro de 2023, menor nível de abril de 2022, segundo a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). O valor registrado em janeiro representa uma queda de 3,6% na comparação com o mês anterior, já descontados os efeitos sazonais. Essa é a segunda baixo consecutiva.
Na comparação com janeiro de 2021, o índice também sofreu queda, de 1,7%. Com redução mensal de todos os indicadores, um dos destaques foi a queda de 6,4% no nível de expectativas para curto prazo.
“Desde dezembro do ano passado em razão de um consumo desafiador para esta ano de 2023, em que a gente tem um nível de inflação corrente ainda alto, taxas de juros que devem permanecer elevadas por mais tempo e endividamento bastante alto dos consumidores. Por outro lado, a gente vai ter injeção de recursos por meio de programas de transferência de renda, mas em um contexto de inflação ainda alta, endividamento elevado e encarecimento do crédito, que vai deixar o consumidor mais cauteloso e mais reflexivo em relação aos seus atos de consumo”, explica representante da CNC.
Os lojistas de todos os segmentos indicam que vão reduzir custos. Tal redução pode chegar a 5% se comparada com os dois últimos meses.
O agravante é que o mês de janeiro é um período de redução de contratações por ter menores vendas. Além disso, parte dos contratos temporários do final do ano acaba sendo efetivada, o que reduz a expectativa de criação de novas vagas.
*Jovem Pan