Poderio militar-industrial russo torna vitória na Ucrânia “inevitável”, diz Putin

Em discurso para trabalhadores, Putin diz que poderio militar-industrial aumentou a produção, o que tornaria a vitória da Rússia inevitável.

Vladimir Putin voltou a causar polêmica com uma de suas declarações controversas ao falar sobre a eminente vitória da Rússia contra a Ucrânia na guerra. A fala veio em um discurso para trabalhadores, e ganhou repercussão na internet.

O chefe de Estado russo está certo de que o complexo militar-industrial do País é elevada, com produção aumentando. Essa seria a principal razão pela qual a vitória estaria garantida.

A guerra entre os países, que já perdura por mais de um ano, segue sem perspectiva de acabar. No entanto, o presidente continua se posicionando de maneira confiante frente aos resultados russos.

Ele voltou a reafirmar a vitória da Rússia enquanto discursava para trabalhadores de uma fábrica em São Petersburgo. Eles são responsáveis por produzir equipamentos para os sistemas de defesa aérea.

Putin disse que o volume geral de aparelhos militares está aumentando, por conta de uma demanda que ele chama de “operação militar especial” da Rússia contra a Ucrânia.

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Segundo palavras do presidente, em termos de alcançar o resultado final e a vitória inevitável, ainda existem diversos critérios para avaliar. No entanto, ele reforçou palavras de encorajamento para os trabalhadores, afirmando que seria “a unidade e a coesão do povo russo na Rússia e em outras nações, a coragem e o heroísmo dos soldados”.

Além disso, também reforçou que o trabalho do complexo militar-industrial e fábricas são fundamentais na construção da vitória. O presidente foi incisivo ao dizer “pessoas como você” são o pilar para essa operação.

Nas palavras de Putin, “A vitória está garantida, não tenho dúvida”.

Vitória da Rússia estaria próxima, segundo Putin

Ainda no discurso para os trabalhadores, Putin se pronunciou e disse que as empresas que fabricam as armas russas estão com uma produção numerosa. Os números que o presidente apresentou são semelhantes ao mesmo número de mísseis antiaéreos que o resto do mundo combinado, além de ser três vezes maior que os Estados Unidos.

Esse valor é considerável, e impressionou os acompanhantes do cenário político. Não existem formas de confirmar se essa produção é verdadeira, mas não seria a primeira vez que o presidente afirma, categoricamente, a vitória da Rússia sobre a Ucrânia.

Anteriormente, o governante já tinha participado de um evento com veteranos de guerra. A data marcou o 80º aniversário do levantamento do cerco da Segunda Guerra Mundial em sua cidade natal, então conhecida como Leningrado. As forças nazistas alemãs bloquearam o local por quase 900 dias.

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No discurso desse momento, Putin disse aos veteranos que a Rússia está lutando na Ucrânia para defender os povos étnicos. Além disso, reforçou que as pessoas de Moscou estão sujeitas a sofrer “discriminação sistemática” na Ucrânia.

Em manifestações recentes para a mídia e para os russos, Putin não apenas afirma a vitória de Rússia, mas também está envolvendo o povo e reforçando o sentimento nacionalista que impulsiona as defesas do país.

Isso, somado ao aumento da produção de armamento e declaração de mísseis em grande volume, indicam que a guerra pode estar longe de acabar. A mídia está atenta para novos embates, que ocorrem sem previsões há meses.

Ucrânia se pronuncia

Enquanto isso, representantes de Kiev, capital da Ucrânia, pronunciam-se quanto à declaração envolvendo Moscou e à discriminação que seria uma suposta motivação para os ataques e posição defensiva.

A capital rejeita a alegação, dizendo que a capital russa está usando a Ucrânia como pretexto para uma apropriação de terras no estilo colonial. Nenhuma das regiões está cedendo, e o aumento da produção industrial de mísseis na Rússia apenas reforçam que não existem previsões de um acordo de paz.

Não existem outras respostas dos representantes ucranianos quanto à fala sobre a vitória da Rússia ou outros discursos de Putin.

Fonte: *UOL/*Fatos Desconhecidos

Imagens: Wikimedia, Flicker