Projeções da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) com a Organização das Nações Unidas para a Alimentação com a Agricultura (FAO) feitas em 2021 indicam que 87% do crescimento da produção agrícola mundial virá com a melhora da produtividade, e que a intensificação agrícola será responsável por 7% do crescimento da produção agrícola mundial até 2030.
A ministra disse também ressaltou a visão para o meio ambiente do governo Lula, que prega uma abordagem transversal sobre o tema com outras áreas.
“Lula transformou a política ambiental em uma política transversal. Ela estará presente nas políticas de energia, de transporte, de agricultura e indústria. É assim que vamos fazer a diferença. Não conseguiremos lidar com a crise ambiental se não tivermos ações transversais”.
Mercado de carbono
A ministra também falou sobre a regulamentação do mercado de carbono no Brasil, ressaltando que ele não é uma solução única para a redução das emissões de gases de efeito estufa no país e nem um salvo-conduto para que empresas que produzem combustíveis fósseis possam continuar sua atividade sem mudanças.
"Estamos trabalhando para regular nosso mercado de carbono, queremos que ele seja complementar aos nossos esforços para reduzir as emissões. Ele não pode ser uma saída para que produtores de combustíveis fósseis se utilizam para não terem que reduzir suas próprias emissões", disse a ministra.
Marina Silva também disse que o Brasil precisa oferecer maneiras que países de média e baixa renda consigam acessar ao mercado de carbono para não ficarem de fora dessa tendência mundial.
Marina Silva, ministra do Meio Ambiente do Brasil, fala durante painel no Fórum Econômico Mundial de 2023 — Foto: Boris Baldinger/World Economic Forum / Boris Bal
*Valor