Médicos recomendam a população a redobrar os cuidados nas relações sexuais
Imagem computadorizada da bactéria Neisseria gonorrhoeae, causadora da doença - Imagem: reprodução/UFPB
Uma cepa de "supergonorreia" tem causado surto da doença nos Estados Unidos e tem deixado muitos especialistas em saúde pública preocupados por sua resistência ao arsenal limitado de antibióticos disponíveis no mercado.
Diante da situação, os médicos recomendam as pessoas para redobrar os cuidados durante as relações sexuais, especialmente com a saúde dos parceiros.
De acordo com o jornal britânico Mirror, as pessoas sexualmente ativas foram solicitadas a fazer testes regularmente para doenças sexualmente transmissíveis (DST) após o aumento de casos de "super-gonorréia".
Essa cepa de gonorréia foi marcada por uma resistência preocupante a cinco tipos diferentes de antibióticos. Especialistas afirmam que está sendo difícil tratar a nova super cepa.
Desde então, médicos em Massachusetts, Estados Unidos, documentaram a cepa, que foi identificada pela primeira vez no país, mas já havia apresentado sinais no Reino Unido.
Até agora, duas pessoas foram identificadas com a nova cepa, embora não se conheçam e não tenham se relacionado anteriormente.
O Departamento de Saúde Pública divulgou uma declaração sobre o aumento da supercepa, que parece ter sido tratada com ceftriaxona, um antibiótico atualmente recomendado para quem sofre de supergonorreia.
"Esses casos são um lembrete importante de que as cepas de gonorréia nos EUA estão se tornando menos responsivas a um arsenal limitado de antibióticos", declarou o departamento.
A comissária de saúde pública Margret Cooke afirmou:
"A descoberta dessa cepa de gonorréia é uma séria preocupação de saúde pública que o Departamento de Saúde, o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC, na sigla em inglês) e outros departamentos de saúde têm estado atentos para detectar nos EUA”.
"Pedimos a todas as pessoas sexualmente ativas que sejam testadas regularmente para infecções sexualmente transmissíveis e considerem a redução do número de parceiros sexuais e o aumento do uso de preservativos ao fazer sexo. Os médicos são aconselhados a revisar o alerta clínico e ajudar com nossos esforços de vigilância ampliados”.
Os médicos reforçam às pessoas a importância de fazer exames regularmente e usar preservativos para evitar a propagação da doença, que pode causar infertilidade e uma série de outros problemas de saúde.
*SP Diário