Série documental sobre a ex-deputada está em exibição na plataforma HBO Max
Série documental sobre Flordelis na HBO Foto: Reprodução/HBO Max
A produção da série documental Flordelis, em Nome da Mãe, lançada no último dia 8 de dezembro pela plataforma de streaming HBO Max, teria envolvido uma remuneração de até R$ 446 mil à ex-deputada federal para a realização do conteúdo. A informação foi divulgada nesta terça-feira (13) pelo colunista Mauricio Stycer, do portal UOL.
De acordo com Stycer, Flordelis teria se comprometido a cooperar com a produção da série falando tanto de sua vida pública quanto da vida privada, de acordo com os interesses da produtora Wall to Wall, uma divisão da Warner, empresa que é dona da HBO.
O colunista ressaltou, no entanto, que existiria um cuidado de não se falar em cachê ou pagamento pelo acesso ou pelos depoimentos que Flordelis deu, mas de justificar a remuneração da ex-parlamentar de duas formas: uma “taxa de pesquisa”, pelo levantamento de materiais a serem usados na série, e uma “taxa de licença”, autorizando a produtora a fazer uso desses materiais.
A oferta inicial feita pela produtora foi de R$ 46 mil pela pesquisa e um valor entre R$ 90 mil e R$ 100 mil por cada um dos quatro episódios. Ou seja, um total entre R$ 406 mil e R$ 446 mil. Um contrato entre a ex-deputada e a produtora detalhou esses valores e a forma de pagamento, e Flordelis recebeu uma parte desse valor.
Ao aceitar os termos da Wall to Wall, Flordelis teria então se comprometido a garantir o acesso exclusivo da produtora ao seu cotidiano, e também ao dos membros da casa em que morava, durante um período de seis meses. Ela ficou impedida, inclusive, de dar depoimentos para outros filmes ou séries sobre a sua vida e até entrevistas tiveram de ser autorizadas pela produtora.
Procurada por Stycer, a HBO não desmentiu a informação. A advogada da ex-parlamentar, Janira Rocha, disse ao UOL que, quando assumiu a defesa de Flordelis, a ex-deputada já tinha feito o acordo com a produtora. Também ao UOL, a diretora da série, Suemay Oram, não negou a existência do acordo, mas disse que não poderia falar sobre o assunto.
*Pleno.news