Com resistência à PEC da Transição na Câmara, dólar fecha em queda

Após iniciar a sessão em alta, acompanhando o movimento do mercado internacional, o dólar mudou de rota e terminou o dia cotado a R$ 5,29

Dos 50 itens que mais encareceram no último ano, 34 são do gênero alimentício, como frutas e legumes

Depois de abrir em alta na manhã desta sexta-feira (16/12), o dólar encerrou a sessão em baixa, em meio aos entraves na tramitação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Transição na Câmara dos Deputados.

A moeda americana encerrou o dia em queda de 0,41%, negociada a R$ 5,29.

A cotação máxima do dólar no último dia útil da semana foi de R$ 5,33. Na mínima, a moeda chegou aos R$ 5,26.

Na véspera, a moeda americana fechou o pregão em alta de 0,25%, a R$ 5,31. Com o resultado, a alta acumulada em dezembro é de 2,17%. No ano, a queda é de 4,67%.

Após iniciar a sessão em alta, acompanhando o movimento do mercado internacional, o dólar mudou de rota no fim da manhã e permaneceu se desvalorizando durante o dia.

As dificuldades para a aprovação da PEC da Transição – que abre espaço no Orçamento para o futuro governo gastar mais em 2023 – na Câmara deixaram os investidores mais otimistas.

A expectativa do governo de transição era a de que a PEC fosse votada e a aprovada pelos deputados nesta semana, o que não ocorreu. O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), projeta a análise do texto para o início da semana que vem.

No cenário externo, os investidores ainda repercutem a alta das taxas de juros anunciada nesta semana pelo Federal Reserve, nos Estados Unidos, e pelo Banco Central Europeu. Apesar do aumento, houve uma desaceleração no ritmo do aperto monetário.

Há temor, ainda, sobre uma possível recessão econômica em 2023 em algumas das principais economias do mundo, como Estados Unidos e diversos países da Europa. Esse é o principal fator que levou à queda do Ibovespa no último pregão da semana.

*Metrópoles