Apesar de todos os trocadilhos com o nome e outros motivos que levaram os brasileiros a adotarem o app Koo como nova rede social, em meio a polêmicas com o Twitter, é necessário reforçar os cuidados com a sua privacidade online.
Afinal, será que é seguro utilizá-lo como mídia social? Quais são os problemas de cibersegurança que ele já enfrentou em sua curta história? O Detetive TudoCelular do portal TudoCelular abordou em detalhes esse assunto.
O que é o Koo?
O Koo consiste em uma startup lançada na Índia, em março de 2020, como alternativa de microblog ao Twitter. Ela chegou a receber uma rodada milionária de investimentos – estima-se em cerca de US$ 200 milhões. Entre eles, da Tiger Global Management, que injetou US$ 30 milhões na rede social.
A sede da companhia fica em Bangalore e iniciou com operações em inglês e aproximadamente meia dúzia de outros idiomas indianos. Ele surgiu durante conflitos entre o governo de Narenda Modi e o Twitter. Na ocasião, a famosa rede social sofria acusações de beneficiar detratores governistas.
A interface do aplicativo tem um design semelhante à da plataforma adquirida por Elon Musk e geralmente ganha espaço nos locais onde o Twitter acaba sofrendo restrições. Foi assim na Nigéria, em 2021, quando entrou oficialmente depois da suspensão da plataforma do “pássaro azul” no país.
Problemas de moderação
Uma das polêmicas nas quais o Koo foi envolvido consistiu no já mencionado governo Modi, na Índia. Na época, vários integrantes da extrema-direita do país se mudaram de forma massiva para esta plataforma.
Com esse movimento, o aplicativo foi acusado de expandir a propaganda estatal, além de permitir publicações com discurso de ódio contra muçulmanos, sem qualquer moderação contra essas postagens.
Esse parece ser um problema que não condiz com os termos do aplicativo. Eles constam a proibição do discurso de ódio e de qualquer conteúdo que contenha ofensas ou discriminações. No entanto, parece ser um problema de falta de moderação – ou ineficiência – do que má-fé.
Vazamento de dados
Outro problema em que o Koo ficou envolvido foi em relação a vazamento de dados. O pesquisador de cibersegurança francês Robert Baptiste – conhecido como Elliott Anderson – descobriu o ocorrido, em fevereiro de 2021.
De acordo com o especialista, a ferramenta vazada informações pessoais como nome, e-mail, estado civil e gênero. Apesar de não ter surgido uma lista de indivíduos afetados, é possível que milhões de usuários tenham sido impactados na época, o que inclui dados de departamentos e ministros do governo indiano.
Em resposta a Baptiste, o Koo afirmou que as informações inseridas no perfil estão lá para serem compartilhados com mais gente na plataforma e que eram apenas detalhes de perfil público.
“Os usuários inserem seus dados de perfil no aplicativo para serem compartilhados com outras pessoas na plataforma. Isso é o que é exibido em toda a plataforma. Embora tenha havido falsas alegações de um vazamento de dados, é comumente chamado de página de perfil público para todos os usuários visualizarem!”
Koo
Política de privacidade para o Brasil
A plataforma chegou a criar uma página traduzida para o português da sua Política de Privacidade, com o foco nos novos usuários brasileiros. Nela, o Koo reforça que apenas maiores de idade podem usar seus serviços e menciona quais tipos de dados coleta do usuário.
A relação inclui informações coletadas de maneira obrigatória, como nome, número de celular, e-mail, data de nascimento, gênero, foto do perfil e localização, bem como opcionais, tais quais preferência de idioma, detalhes profissionais, descrição, status de relacionamento e dispositivo usado.
Mais abaixo, o Koo informa que pode compartilhar qualquer informação com os “parceiros confiáveis ou terceiros” que fornecem serviços de suporte de infraestrutura. Além disso, afirma que detalhes agregados e não pessoalmente identificáveis publicamente também poderão ir para os parceiros, como editores, anunciantes ou sites conectados.
O app ainda se compromete a solicitar o seu consentimento para usar ou compartilhar as informações pessoais a outras finalidades não inseridas no documento. A política também define como períodos pré-determinados o tempo em que os dados são armazenados nos servidores – mas sem especificar no texto.
Como se proteger?
Para se manter seguro na plataforma, é importante inserir apenas as informações obrigatórias sobre você. Também procure ter alguma solução de cibersegurança ou serviço confiável que possa monitorar a Dark Web e descobrir caso haja alguma informação sua presente na internet de maneira indevida.
Como o Koo permite que os usuários solicitem a exclusão dos seus dados, caso venha a parar de utilizar a rede em definitivo, poderá pedir que os detalhes sobre você sejam apagados dos servidores da plataforma.
O que você tem achado do Koo? Acredita que ele é uma tendência momentânea ou chegou para ficar aos usuários brasileiros? Participe conosco!
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*TudoCelular
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