Nível de confiança do comércio é o maior desde o início da pandemia

Volume de vendas do varejo anima empresários quanto a investimentos e até contratações de funcionários

Vendas do comércio crescem e sustentam otimismo | Agência Brasil

Vendas do comércio crescem e sustentam otimismo | Agência Brasil

A confiança dos empresários do comércio está em alta. Pesquisa da Confederação Nacional do Comércio (CNC), divulgada nesta 3ª feira (28.jun) traz indicador que só perde para o de março de 2020, quando ainda não eram levados em conta os efeitos da pandemia de Covid-19. O Índice de Confiança do Empresário do Comércio (ICEC) de junho/22 está em 122,4 pontos, numa escala que vai até os 200 pontos. Número acima dos 100 pontos, portanto, indica otimismo com os rumos do setor. É uma alta de 5,1% sobre o resultado de maio, e de 24,4% sobre junho de 2021. São considerados no levantamento os sub-itens Situação Atual da Economia, Expectativas do Comércio e Intenções de Investimentos. 

Vendas em alta

Em que pesem ainda os preços mais elevados das mercadorias e o nível alto dos juros para o público consumidor, dá pra dizer que o varejo está ganhando "na estratégia" de quem faz as compras. Em lugar de recorrer às lojas uma única vez mensalmente, para gastar mais, o cliente tem buscado comprar mais de uma vez ao mês. " Assim ele afere mais de perto se tem alguma promoção e etc, e aproveita os descontos", garante a economista responsável pelo ICEC, Ízis Ferreira. Mesmo gastando menos por vez, o consumidor está implementando o que os empresários chamam de recorrência, ao se deslocar até o estabelecimento várias vezes no período de trinta dias. Não é à toa que as vendas tenham apresentado ganho pelo terceiro mês consecutivo [no caso de abril, último dado disponível]: 4,5% sobre abril do ano passado. E tem mais. O volume de mercadorias vendidas está 4% acima do nível de antes da pandemia.

Cartões de crédito

Mas a "aula de compras" do consumidor, que ampara o comércio, não para por aí. Ainda segundo a economista da CNC, o cliente do varejo reorganiza as datas de compras para lançar mão, cada vez mais, do uso do cartão de crédito. "É uma espécie de garantia. Ele divide as compras ao longo do tempo, e não tem que dispor de todo o dinheiro de uma vez. Tem sempre uma reserva", avalia Ízis Ferreira. Claro que pelo efeito prático no orçamento de cada um. Cada um responde. Mas para o empresário do comércio o ganho é valioso. 

Programas de governo

Outro fator que colabora para as vendas maiores são os programas de suporte à renda: Auxílio Brasil, saque aniversário do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) e antecipação do 13º salário do INSS. 

E como tais programas têm a "regularidade" de se manterem no mínimo até o final do ano, os comerciantes também se sentem seguros para fazer suas apostas. A prova é que as Expectativas do Comércio saltaram para 152,4 pontos agora, elevação de 3,5% sobre o mês de maio. E no quesito Investimentos, igualmente sinal azul: 109,8 pontos, ou mais 3,6%. Este recorte da pesquisa inclui também as intenções de contratação de pessoal ( 4,2%) o que, por sua vez, torna-se também uma boa notícia...para o próprio consumidor.  Diante de um cenário mais otimista, a CNC revisou a projeção de crescimento das vendas no fechamento deste ano para uma alta de 1,7%.

*SBT News 

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