EUA vão reforçar presença militar em seis países da Europa para fortalecer segurança no Báltico

Biden vai aumentar os envios rotatórios de tropas, com blindados, aviação, defesa aérea e forças de operações especiais, de acordo com a Casa Branca

Susan Walsh / POOL / AFP
joe biden na Otan
Joe Biden durante encontro de membros da Otan na cúpula de Madri


Os Estados Unidos vão reforçar a presença militar em seis países da Europa – Polônia, Romênia, Espanha, Itália, Reino Unido e Alemanha -, além da região báltica. A informação foi divulgada nesta quarta-feira, 29, no início da cúpula da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), que está sendo realizada em Madri, na Espanha. “No momento em que Putin quebrou a paz na Europa e atacou os princípios da ordem baseada em regras, os EUA e os aliados pretendem fortalecer sua posição”, declarou o presidente americano, Joe Biden. O líder norte-americano também adiantou que vai instalar uma base permanente na Polônia, o Quinto Corpo do Exército, e que irá manter rotações adicionais de brigadas no território europeu, que representam 5 mil militares americanos na Romênia.

De acordo com informações da Casa Branca, os EUA vão aumentar os envios rotatórios de tropas, com blindados, aviação, defesa aérea e forças de operações especiais, “para reforçar a segurança no Báltico”. Essas medidas são uma resposta aos ataques russos a Ucrânia que acontece desde o dia 24 de fevereiro, quando Vladimir Putin autorizou uma ‘operação militar’ na região. À Espanha, vão ser destinados destroyers adicionais para a base naval de Rota, o que aumentará para seis, o número de embarcações deste tipo na instalação.

caças americanos e coreanos

EUA vão reforçar presença de caças no Reino Unido │Ministério da Defesa da Coreia do Sul/Yonhap via REUTERS

Os EUA vão ampliar a presença de caças-bombardeiros de quinta geração, os mais sofisticados que existem na atualidade, com a localização de dois esquadrões de F-35 em Lakenheath, no Reino Unido, a qual o primeiro-ministro Boris Johnson declarou: “Se Putin esperava ter menos Otan no flanco leste como resultado de sua invasão ilegal e injustificável da Ucrânia, estava totalmente equivocado: terá mais Otan”. Na Alemanha, estará uma brigada de artilharia de defesa aérea, um batalhão de defesa aérea de curto alcance e uma brigada de engenharia com cerca de 625 militares. Já na Itália, os EUA posicionarão uma bateria de defesa antiaérea com 65 militares.

Rússia respondeu aos anúncios com críticas ao que chamou de “agressividade” da Otan. O vice-ministro das Relações Exteriores, Serguei Ryabkov, chamou a ampliação da Aliança Atlântica para a Finlândia e Suécia de “profundamente desestabilizadora”. Já o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, que discursou por videoconferência na reunião de cúpula de chefes de Estado e de Governo da Aliança, pediu “sistemas muito mais modernos, artilharia moderna”, acrescentando que o apoio econômico “não é menos importante que a ajuda em armas”. Segundo ele, a “Rússia continua recebendo bilhões a cada dia e os gasta na guerra. Nós temos um déficit bilionário. Não temos petróleo nem gasolina para cobrir”, afirmou Zelensky. Ele disse que a Ucrânia precisa de 5 bilhões de dólares por mês para sua defesa.

invasão da Rússia na Ucrânia

*Com informações da AFP e EFE/*Jovem Pan 

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