O estresse crônico pode alterar a microbiota intestinal e acelerar o câncer colorretal, enfraquecendo a resposta imunológica do corpo Veja os sintomas iniciais do câncer colorretal - iStock/libre de droit Pesquisadores apresentaram no congresso da United European Gastroenterology (UEG Week) , realizado em Viena, na Áustria, um estudo inovador sobre os impactos do estresse crônico na microbiota intestinal e sua relação com o câncer colorretal. A pesquisa revela como o estresse pode acelerar o crescimento dos tumores intestinais ao afetar a flora bacteriana, o que abre novas possibilidades terapêuticas. O impacto do estresse no câncer colorretal O estudo demonstrou que o estresse crônico pode contribuir para a progressão do câncer colorretal, principalmente ao reduzir a presença de bactérias benéficas no intestino, como o Lactobacillus. Essas bactérias são essenciais para manter o equilíbrio da microbiota e reforçar a resposta imunológica do organismo. Quando o estresse provoca a diminui...
Astrônomos encontram par de buracos negros em rota de colisão (Veja vídeo)
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*Este texto foi escrito por uma colunista do TecMundo; saiba mais no final.
Buracos negros colidem. Sim.
Previsto pela teoria da relatividade de Einstein, a colisão entre buracos negros é um evento tão energético que sua evidência é detectada através do tecido espaço-tempo em si.
Assim como quando uma pedra cai na água e gera ondas, quando dois buracos negros colidem, parte da energia do sistema é liberada em formas de ondas gravitacionais. O espaço literalmente distorce. Podemos detectar essa distorção do espaço com pequena variações na própria Terra, como podemos ver de forma ampliada no video abaixo.
A primeira detecção de ondas gravitacionais foi feita pela colaboração LIGO em 2015, e desde então mais e mais ondas são detectadas. A partir do formato da onda podemos inferir propriedades do antigo sistema, como massas total a individuais dos objetos que colidiram formando um só.
Uma equipe liderada por astrônomos da Caltech encontrou um par de buracos negros em rota de colisão, com a previsão da colisão final para daqui a 10.000 anos. Parece muito, mas considerando o tempo total que a dança de colisão entre buracos negros leva para acontecer, podemos falar que esse par completou 99% da sua coreografia e está no Gran finale.
O que esse par de buracos negros tem de tão especial?
Ambos os buracos negros desse sistema binário são buracos negros supermassivos. Buracos negros supermassivos ocupam o centro de galáxias, como a nossa Via Láctea possui o Sgtr A* (super recentemente observado). Ao contrario de buracos negros estelares, os buracos negros supermassivos não nascem da explosão de estrelas massivas, de supernovas.
Como buracos negros supermassivos nascem e chegam a ter massas de centenas de milhares de massas solares ainda é uma grande incógnita.
Teoriza-se que uma das formas de se atingir grandes massas seria através da colisão de buracos negros de alta massa, e essa observação é uma das provas para essa teoria.
Além disso, um dos buracos negros supermassivos do par é um blazar. Um blazar é um buraco negro que está acertando material e, devido a isso junto com campos magnéticos fortíssimos, possui um jato. Quando esse jato está alinhado para Terra, esse objeto aparece super brilhante e recebe o nome do blazar.
Nada a temer, pois a distancia garante nossa segurança. Juntando dados de mais de 45 anos do blazar em questão, PKS 2131-021, astrônomos conseguiram detectar uma anomalia perfeita: a variação do brilho variava perfeitamente a cada dois anos.
Com modelos, hoje sabemos que trata-se de um par de buracos negros que completa uma órbita a cada dois anos, a uma distancia 50 vezes da distancia entre Sol e Plutão.
Camila de Sá Freitas, colunista do TecMundo, é bacharel e mestre em astronomia. Atualmente é doutoranda no Observatório Europeu do Sul (Alemanha). Autointulada Legista de Galáxias, investiga cenários evolutivos para galáxias e possíveis alterações na fabricação de estrelas. Está presente nas redes sociais como @astronomacamila.
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