Família afirma que polícia confundiu a vassoura que a vítima segurava com fuzil
O corpo de um zelador de posto de saúde foi enterrado nesta 5ª feira (24.mar), no Rio de Janeiro. Fábio Tavares de Silva, de 42 anos, foi atingido por sete tiros durante uma operação policial. A família da vítima afirma que os policiais confundiram a vassoura que ele segurava com um fuzil.
Uma das irmãs da vítima disse que "não teve bala perdida. Ele foi assassinado. Os PMs chegaram já atirando". Já a outra irmã também relata que os agentes "dispararam vários tiros no meu irmão porque pensaram que ele era bandido".
Após o confronto em Belford Roxo, a Polícia Militar informou que dois suspeitos foram feridos, mas não comentou a morte de Fábio.
Em junho de 2020, o Supremo Tribunal Federal proibiu a polícia do Rio de fazer operações durante a pandemia, exceto em casos excepcionais. Em 1 ano e 6 meses, o número de baleados caiu 30%.
O STF discute se mantém a restrição e, enquanto isso, a corte determinou que o governo do estado do Rio elaborasse um plano para reduzir a letalidade policial. Um mês depois e após a morte do zelador, veio a resposta.
O plano prevê maior treinamento para manuseio de armas, acompanhamento psicológico dos agentes, compra de equipamento de inteligência e operações em horários que evitem grande movimento, entrada e saída das escolas. Contudo, para Cecília Oliveira, diretora executiva da plataforma Fogo Cruzado, falta clareza: "O plano ele não tem determinações muito básicas, que fazem com que o plano dê certo".
*SBT News