O estresse crônico pode alterar a microbiota intestinal e acelerar o câncer colorretal, enfraquecendo a resposta imunológica do corpo Veja os sintomas iniciais do câncer colorretal - iStock/libre de droit Pesquisadores apresentaram no congresso da United European Gastroenterology (UEG Week) , realizado em Viena, na Áustria, um estudo inovador sobre os impactos do estresse crônico na microbiota intestinal e sua relação com o câncer colorretal. A pesquisa revela como o estresse pode acelerar o crescimento dos tumores intestinais ao afetar a flora bacteriana, o que abre novas possibilidades terapêuticas. O impacto do estresse no câncer colorretal O estudo demonstrou que o estresse crônico pode contribuir para a progressão do câncer colorretal, principalmente ao reduzir a presença de bactérias benéficas no intestino, como o Lactobacillus. Essas bactérias são essenciais para manter o equilíbrio da microbiota e reforçar a resposta imunológica do organismo. Quando o estresse provoca a diminui...
Mistério sobre dados de origem da cratera na Groenlândia é solucionado
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Sete anos depois de ser encontrada embaixo de geleira ao norte da ilha, cientistas constataram que a cratera de Hiawatha tem 58 milhões de anos
Uma cratera de 31 milhas de largura foi encontrada em 2015 a uma profundidade de um quilômetro abaixo da geleira Hiawatha, no norte da Groenlândia . Um asteroide grande ou suficiente para fazer esse estrago pode sete vezes mais energia do que uma bomba atômica , desencadeando diversas mudanças na região do impacto e inclusive em outras partes do planeta.
Muitas hipóteses sobre o ocorrido foram levantadas desde que a cratera foi descoberta. Algumas teorias diziam que o asteroide caiu quando já haviam seres humanos na Terra, outra o coloca como o catalisador do Dryas Recente, fenômeno que resfriou a Terra durante um milênio. Um estudo publicado nesta quarta-feira (9) no periódico Science Advances indica que nenhuma dessas teorias pode ser real.
A partir de análises feitas em grãos de areia e rochas, pesquisadores da Suécia e Dinamarca conseguiram descobrir a idade da cratera, e concluíram que ela é bem mais antiga do que se pensava: 58 milhões de anos.
“Datar a cratera foi um mistério difícil de resolver, por isso é muito satisfatório ver dois laboratórios – usando dois métodos de datação diferentes – chegarem à mesma conclusão”, explica em comunicado o pesquisador Michael Storey, do Museu de História Natural da Dinamarca. “Estou convencido de que descobrimos a idade real de quando a cratera foi aberta”, acrescenta.
À esquerda, mapa com a localização da cratera na região nordeste da Groenlândia. Formato da superfície da Terra, com a cratera visível, à direita. (Foto: University of Copenhagen)
Não havia gelo na Groenlândia quando o asteroide atingiu a superfície da Terra. Na época, o Ártico era coberto por uma floresta tropical cheia de vida selvagem e tinha uma temperatura média era de 20 ºC. Foi preciso colher amostras em rios próximos do lugar que, hoje em dia, é coberto por uma camada espessa de gelo.
“Trabalhamos duro para encontrar um modo de datar a cratera desde que a encontramos há sete anos. Desde então, fizemos várias viagens para coletar amostras relacionadas com o impacto em Hiawatha”, comenta o professor Nicolaj Krog Larsen, que ajudou a descobrir a cratera em 2015.
Foram utilizados dois métodos de datação: os cientistas do Museu de História Natural da Dinamarca aqueceram os grãos de areia com raio laser até que eles liberassem gás argônio. Já os pesquisadores do Museu de História Natural da Suécia analisaram amostras de rocha usando datação por urânio (ou datação U-Pb) do mineral zircão.
Cristais de zircão contêm evidências de diversos eventos ocorridos no planeta, por isso cientistas escolheram analisar esse mineral para datar a cratera. (Foto: Gavin Kenny, Swedish Museum of Natural History)
Há 58 milhões de anos, a Terra já tinha se recuperado da devastação causada pelo asteroide que caíra no México 8 milhões de anos antes – responsável pela extinção dos dinossauros. O planeta estava entrando num longo período de aquecimento que duraria cerca de 5 milhões de anos.
Ainda não existem evidências de que o asteroide que caiu em Hiarawata foi a causa de alguma alteração no clima da Terra. Mas saber quando o fenômeno ocorreu dá aos cientistas mais pistas para investigar seus efeitos.
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