Enquanto eles estavam reunidos secretamente, policiais invadiram o local. Todos foram presos e depois mortos.
Recentemente, houve uma “varredura massiva” contra cristãos secretos numa região da Coreia do Norte, cujo nome não foi divulgado por motivos de segurança, conforme a Portas Abertas.
Fontes seguras dizem que dezenas de cristãos estavam reunidos e, quando iam começar o culto, guardas de segurança invadiram o local e todos foram presos e executados.
De acordo com a fonte, as famílias dos cristãos capturados foram identificadas e levadas para uma prisão política. Ao todo, 100 pessoas foram presas. Nessas prisões, os detentos são tratados como se fossem animais, torturados e submetidos a trabalhos forçados, sem comida suficiente ou liberdade para fazer qualquer coisa.
Paranoia ditatorial na Coreia do Norte
Após uma recente promulgação da “Lei do Pensamento Anti-Reacionário”, a punição contra pensamentos ou “produtos externos” se intensificou, e isso tornou ainda mais difícil para os cristãos e líderes da igreja clandestina manterem seus cultos e reuniões de oração.
Apesar dessas circunstâncias mortais, os cristãos norte-coreanos não deixam de louvar a Cristo através de suas ações corajosas. Num dos trechos de uma carta escrita por um dos líderes da igreja secreta, aparece um registro mostrando como eles encaram a perseguição.
“Diz a Escritura em João 14.27: ‘Deixo-lhes a paz; a minha paz lhes dou. Não a dou como o mundo a dá. Não se perturbem os seus corações, nem tenham medo’. Como é gratificante ver que Deus já sabia o que sentiríamos quando andássemos na sombra da morte e na tribulação”, disse ao se referir ao medo, ansiedade, preocupação e desespero.
“Ele disse que derramaria sua paz e alegria dentro de nosso corpo e coração, para mantermos a nossa vida espiritual no Reino de Deus”, continuou.
Situação da Igreja na Coreia do Norte
No segundo pior país do mundo para os cristãos, de acordo com a Lista Mundial da Perseguição 2022, adorar a Deus é estritamente proibido. Todos são obrigados a prestar culto pessoal à família Kim.
O cristianismo é a ameaça número 1 ao governo. Desde o início do país, quando Kim Il-Sung estava no poder, o Partido Comunista intensificou a opressão contra os cristãos secretos.
A perseguição nunca parou durante gerações de líderes supremos, nem mesmo durante a “Marcha Árdua”, nos anos 1990, em que milhões de norte-coreanos morreram de fome devido ao fracasso da economia. A Portas Abertas pede orações pelos cristãos perseguidos na Coreia do Norte que estão em constante risco de morte.
*Guia-me