Putin dirigirá exercícios com mísseis balísticos neste sábado

 Informação consta em comunicado divulgado pelo Ministério da Defesa do país

Presidente da Rússia, Vladimir Putin Foto: EFE/EPA/ALEXEI DRUZHININ/SPUTNIK/KREMLIN / POOL

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, dirigirá neste sábado (19) exercícios com mísseis balísticos e de cruzeiro, em meio à escalada de tensões entre Moscou e o Ocidente, pela possibilidade de uma invasão russa à Ucrânia.

– Em 19 de fevereiro de 2022, sob a direção do comandante-chefe das Forças Armadas da Rússia, Vladimir Putin, serão realizados exercícios planejados das Forças de Contenção Estratégica, em que serão lançados mísseis balísticos e de cruzeiro – informou o Ministério da Defesa do país, por meio de comunicado.

Nas manobras, participarão unidades das Forças Aeroespaciais da Rússia, o Distrito Militar Sul, as Forças de Mísseis Estratégicos e a frotas do Mar Negro e do Norte.

Segundo o Ministério da Defesa, estes exercícios previamente previstos têm como objetivo comprovar o estado de preparação da direção militar, as unidades de lançamento, as tripulações dos navios porta-mísseis, assim como verificar a confiabilidade das armas estratégicas nucleares e convencionais do arsenal russo.

O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, afirmou, em entrevista coletiva, que as manobras não devem preocupar o Ocidente, já que se trata de um treino “bastante regular”. Além disso, garantiu que vários países foram notificados através de diferentes canais.

O secretário de imprensa de Putin confirmou que o presidente estará presente no posto de comando durante os exercícios e não descartou que o presidente de Belarus, Alexandr Lukashenko, atualmente em visita à Rússia, também esteja presente.

– Esse tipo de lançamentos, inclusive, se tratam-se de práticas, não podem acontecer sem o chefe de Estado – afirmou Peskov.

Os exercícios das Forças de Contenção Estratégica coincidem com os exercícios realizados em Belarus em conjunto com a Rússia, que fizeram aumentar as tensões na região devido à proximidade com a fronteira da Ucrânia.

*EFE