© Foto / NRAO/AUI/NSF, S. Dagnello
O Instrumento Espectroscópico de Energia Escura (DESI, na sigla em inglês), projetado para traçar a expansão do espaço e pesquisar a energia escura, criou o mapa mais detalhado em 3D do Universo.
O DESI é um instrumento de pesquisa científica para realizar estudos astronômicos de galáxias distantes.
Em apenas sete meses de missão, o DESI criou uma
imagem 3D da galáxia que rodeia a Terra logo após catalogar e cartografar mais de 7,5 milhões de galáxias, adicionando a cada mês mais de um milhão de novas galáxias.
A pesquisa deve ser concluída em 2026 e é estimado que o DESI cartografe mais de 35 milhões de galáxias, o que fornecerá aos astrônomos uma grande biblioteca de dados.
O astrofísico Julien Guy, do Laboratório Nacional Lawrence Berkeley na Califórnia,
explicou que o DESI cartografou graças às suas
cinco mil fibras ópticas, cada uma controlada individualmente e posicionada por um pequeno robô.
"Na distribuição das galáxias no mapa 3D há enormes aglomerados, filamentos e vazios. São as maiores estruturas do Universo. Porém, dentro delas há uma impressão digital do Universo primitivo e a história de sua expansão desde então", detalhou.
Estas fibras ópticas, que devem ser colocadas com
precisão dentro de 10 mícrones, espessura menor que a de um cabelo humano, e logo capturam clarões de luz à medida que se filtram até a Terra desde o cosmos, formam uma rede que registra as imagens do espectro de cor de milhões de galáxias, cobrindo mais de um terço de todo o céu.
Além disso, as estruturas mapeadas pelo DESI podem ser modificadas mediante engenharia inversa para ver a formação inicial onde começaram.
O Instrumento Espectroscópico de Energia Escura (DESI) está criando o maior mapa 3D do cosmos.
O principal objetivo do DESI é revelar mais informações sobre a energia escura, que se acredita constituir 70% do Universo, assim como acelerar sua expansão.
Esta energia escura poderia levar as galáxias a uma
expansão infinita, fazer com que se colapsem sobre si mesmas ou algo intermediário.
Os astrônomos confiam que o DESI possa detectar "objetos muito mais fracos e muito mais vermelhos", já que estão encontrando uma grande quantidade de sistemas exóticos, incluindo grandes amostras de objetos raros.
Fonte: Sputnik
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