Lamborghini se despede dos carros 100% a combustão

A Lamborghini está se preparando para a última volta dos motores de combustão que acionam modelos cobiçados como o Aventador. 

A fabricante italiana de carros esportivos vai mudar sua linha para os modelos híbridos.

Nova Era da Lamborghini Ceo Stephan Winkelmann diz que primeiro modelo híbrido da montadora chega em 2023 (Alex Kraus/Bloomberg)

Pertencente ao grupo Volkswagen, os modelos Aventador e Huracan, que possuem foco nas pistas e a SUV Urus serão os primeiros da Lamborghini a ganhar o plugue elétrico já no próximo ano, antes mesmo de a montadora eletrificar 100% sua frota até 2024.

Para este ano, a Lamborghini quase esgotou toda sua produção, depois de ter batido recorde de entregas em 2021, de acordo com o CEO Stephan Winkelmann. “Será a última vez que oferecemos apenas motores de combustão”, disse Winkelmann em entrevista. A montadora teve um “começo muito bom” para 2022, disse ele.

A Lamborghini destinou um recorde de 1,5 bilhão de euros (US$ 1,7 bilhão) para a mudança para os carros híbridos e planeja oferecer um modelo puramente movido a bateria elétrica durante a segunda metade da década. Enquanto marcas de supercarros como Ferrari e Aston Martin Lagonda Global Holdings Plc enfrentam uma tarefa especialmente delicada de preservar a identidade da marca diante do processo de eletrificação de veículos, os planos futuros da Lamborghini são sustentados pelos investimentos recordes da Volkswagen em novas tecnologias.

A fabricante ainda está trabalhando em um projeto final para seu primeiro carro elétrico. De qualquer forma, a montadora italiana parece estar inclinada para um modelo de quatro portas adequado para uso diário, disse Winkelmann.

A Lamborghini espera registrar lucros antes de juros e impostos se aproximando de 20% em 2021, de acordo com uma apresentação a investidores. Isso se compara a retornos de pouco mais de 25% durante os primeiros nove meses do ano passado registrados pela Ferrari. Os ganhos do ano inteiro, que devem ser divulgados em março, devem estar “em uma faixa que surpreenda a todos”, disse ele. “Surpreendente para todos, no sentido positivo”.

*Bloomberg Linea