Apresentador foi julgado a revelia, pois nunca se defendeu
Declaração de jornalista foi feita 72 vezes em portais de grande circulação
Agora, defesa de Gleisi irá pedir cumprimento de publicação da sentença nos mesmos sites
Após “permanecer inerte” frente a sentença de pagamento de indenização de R$ 30 mil à presidente do PT Gleisi Hoffmann, a Justiça penhorou o valor da conta bancária do apresentador Augusto Nunes, da Jovem Pan.
O jornalista foi condenado em maio por danos morais contra a petista por chamá-la diversas vezes de “amante” em textos publicados nos portais da revista Veja e no R7, ligado à Igreja Universal do Reino de Deus. Augusto Nunes foi condenado à revelia, pois nunca se defendeu no processo.
A sentença foi emitida por unanimidade dos desembargadores da 3ª Turma Cível do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT) em maio. O colegiado também determinou que o acórdão condenatório seja publicado "pelo período mínimo de 30 dias" em todos os veículos em que "as ofensas foram divulgadas".
Agora, a defesa de Hofmann irá pedir a execução desta parte da sentença, que ainda não foi cumprida.
O desembargador Alvaro Ciarlini afirmou em seu relatório que "o sentido infamante e desrespeitoso adotado pelo réu [Augusto Nunes] se encontra carregado de conteúdo misógino e sexista, puramente com o intuito de agredir a demandante".E conclui que o apresentador "abusou do seu direito à liberdade de expressão (liberdade de imprensa)".
Ele ainda afirmou que Nunes fazia questão de mencionar que a petista era "conhecida pelo codinome amante no departamento de propinas da Odebrecht", de acordo com a investigação da Operação Lava Jato.
A expressão foi usada pelo apresentador 72 vezes, em textos que nada tinham a ver com as investigações sobre a construtura.
"O aludido termo foi atribuído à apelante dezenas de vezes no período compreendido entre dezembro de 2018 a julho de 2019. Nesse contexto, evidencia-se que a palavra 'amante' deixou de ser utilizada com o intuito de informar o leitor a respeito da operação policial que envolveu a sociedade empresária Odebrecht", disse o desembargador.
Nunes também, escreve o desembargador, "fez questão de destacar o termo 'amante', sempre acrescido de adjetivos relacionados à nota. Assim, na seção de política do sítio eletrônico 'Veja.com', há destaque para expressões como “#SanatórioGeral: Amante volúvel', '#SanatórioGeral: Amante gananciosa' e '#SanatórioGeral: Amante exigente', sempre grafadas em negrito e letras grandes".
Para o magistrado, é "grave a conduta do réu", pois as citações eram sempre feitas em portais de grande alcance.
Gleisi foi representada na ação pelas advogadas Ana Letícia de Carvalho Santos e Carolina Freire, do escritório Aragão e Ferraro Advogados.
Subornos da Odebrecht teriam financiado campanha de Peña Nieto
O Ministério Público mexicano revelou que subornos da empreiteira Odebrecht teriam financiado a campanha de Peña Nieto à presidência. A informação foi divulgada nesta terça-feira. of Enrique Pena Nieto
Fonte: Yahooh