Mercedes anuncia produção de ônibus elétricos no Brasil com tecnologia nacional

 

Mercedes anuncia produção de ônibus elétricos no Brasil com tecnologia nacional

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Com 250 km de autonomia, comercial urbano será produzido em São Bernardo do Campo (SP) e irá aproveitar recursos do eCitaro europeu

Mercedes confirmou nesta quarta-feira (25) que passará a fabricar ônibus elétricos no Brasil. O modelo foi batizado de eO500U e será feito na unidade de São Bernardo do Campo (SP). Apesar de usar tecnologias do eCitaro europeu (de concepção monobloco), o O500 elétrico manterá o conceito de chassi popular no mercado brasileiro. A expectativa é que as primeiras unidades comecem a rodar em viações de São Paulo já em 2022.

O projeto de eletromobilidade levou cinco anos para ser concebido e contou com um investimento de cerca de R$ 100 milhões, dentro do ciclo de R$ 2,4 bilhões injetados pela marca no país entre 2018 e 2022. O chassi é um modelo urbano Padron 4x2 e fará parte da linha O500. Com piso baixo, ele poderá receber carrocerias de até 13,2 metros de comprimento, tamanho similar ao do Mercedes O 500 M 1826/59.

O eO500U é o chassi que dará origem ao primeiro ônibus elétrico da marca feito no Brasil — Foto: Divulgação
2 de 4 O eO500U é o chassi que dará origem ao primeiro ônibus elétrico da marca feito no Brasil — Foto: Divulgação

O eO500U é o chassi que dará origem ao primeiro ônibus elétrico da marca feito no Brasil — Foto: Divulgação

Este espaço é suficiente para transportar até 83 passageiros, com 29 assentos. De acordo com a Mercedes, ele pode utilizar de quatro a seis packs de bateria – duas na parte traseira e quatro na parte superior. No eixo traseiro também ficará alocado o motor elétrico, cuja potência ainda não foi divulgada.

Embora a montadora não tenha anunciado a capacidade das baterias, já sabemos que elas fornecem autonomia de 250 km. Em sistemas de carga rápidos, o veículo levará de 2 horas e meia à 3 horas para que as baterias atinjam a carga máxima.  A Mercedes não revelou a velocidade de recarga.

Como outros veículos do tipo, o ônibus da Mercedes também terá freio regenerativo, que recupera parte da energia cinética nas frenagens e transforma em eletricidade para recarregar os acumuladores. Seu painel de instrumentos trará informações sobre as baterias, motor elétrico e os demais sistemas eletrônicos.

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Expectativa de mercado

Depois da temporada de testes na Alemanha — e mais de 1 milhão de quilômetros rodados — o comercial começará a ser testado por aqui em setembro. Ele chegará ao mercado em 2022 e São Paulo é a cidade escolhida para receber as primeiras unidades. De acordo com o diretor de vendas de ônibus da Mercedes, Walter Barbosa, a expectativa é de que o volume inicial de vendas fique entre 50 a 150 unidades.

O coletivo urbano não ficará restrito ao Brasil. Logo, deverá ser exportado para América Latina, Oceania e alguns países da Europa.

O chassi permite o uso de carrocerias do tipo piso baixo — Foto: Divulgação

Payback de até 15 anos

O preço ainda é um mistério. Porém, a fabricante afirma que o valor será de três a quatro vezes maior do que o veículo a diesel. Seu payback, tempo para que o custo de compra do elétrico seja totalmente recuperado, é de aproximadamente 15 anos.

Em contrapartida, os executivos alegam que o custo de manutenção preventiva poderá ser até 50% menor em relação a um modelo convencional. Na visão do grupo, à medida que novos comerciais elétricos surgirem no mercado, a tecnologia tende a se popularizar e o preço total cairia.

Painel de instrumentos trará informações específicas sobre o motor elétrico, baterias e os demais sistemas eletrônicos — Foto: Divulgação

Lei de Mudanças Climáticas em São Paulo

A novidade está alinhada com os planos de redução de emissão de gases poluentes na cidade de São Paulo. Em junho, a SPTrans assinou uma carta de intenções com a iniciativa internacional Transformative Urban Mobility Initiative (TUMI) para criação de um cronograma para implantação de ônibus elétricos no município. Desse modo, espera-se que em até 2027, o segmento reduza pela metade as emissões de CO2. Até 2037, deverão zerar a emissão do gás poluente.

Mas o processo será longo. Dos 14 mil veículos da frota da SPTrans (dados de maio deste ano), apenas 17 são elétricos movidos por bateria e 201 são trólebus.

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Fonte: Auto Esporte 

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