Apesar da seca, Ipea projeta crescimento de 2,6% do PIB do agronegócio
Segundo o Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicadas (Ipea), o Produto Interno Bruto (PIB) do agronegócio brasileiro deve crescer 2,6% em 2021.
Apesar de vivenciar um período de secas, este valor é maior do que as últimas previsões, sendo impulsionado pelos resultados da produção da soja e das carnes de frango e porco.
No entanto, a crise hídrica que está afetando as lavouras de milho, cana, café e laranja, continua no radar, assim como a demanda de bovinos.
Os dados do Ipea mostraram que o valor adicionado da produção vegetal deve crescer 2,7% este ano, devido ao avanço de 7,9% na colheita da soja. Nesse sentido, somente a oleaginosa reponde por 38% do valor bruto da produção agrícola total.
Já as estimativas de produção de milho tiveram queda de (-3,9%), assim como a de cana (-3,1%), a de café (-21%) e a de algodão (-19,7%). Embora tenha impactado o valor final, as reduções não foram fortes a ponto de conter a alta geral projetada, afirmou o Ipea.
Participação da pecuária no PIB do setor
A produção animal deve avançar 2,5% em 2020, em função do aumento na produtividade em todas as cadeias, com destaque para as aves e os suínos. Acima de tudo, a produção de bovinos deve anotar um crescimento de 0,9% no ano.
“Um maior volume para abate, tanto de animais jovens quanto em idade adulta, deverá estar disponível apenas ao final do terceiro trimestre, limitando o impacto positivo para o resultado final da produção de bovinos em 2021” – avaliou o Ipea.
Da mesma forma, houve um crescimento no abate de frangos e suínos em março, que registraram um salto de 8,4% e 12,9%, respectivamente.
Na visão do Ipea, o maior risco para o PIB da produção animal é uma possível frustração em relação aos bovinos, caso a recuperação da oferta se torne mais lenta. “Não descartamos uma nova revisão de baixa, considerando o momento atual” – alertou o instituto.
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